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    Drex: “real digital” tem impasse em solues de privacidade, diz Banco Central

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    Atualização (17/04/2024) – RB

    O Banco Central deu mais detalhes sobre o impasse que motivou os adiamentos do Drex, durante o WebSummit, realizado nesta semana. De acordo com o coordenador da iniciativa, Fábio Araujo, o “real digital” empacou nas soluções de privacidade.

    Araujo explicou que as ferramentas testadas durante a fase de experimento não foram capazes de chegar a uma resolução sobre segurança e escalabilidade. Na prática, isso impediu que a versão digital da moeda brasileira fosse lançada no tempo previsto.

    O coordenador do Drex no BC ainda acrescentou que um relatório deverá ser divulgado ao público em meados deste ano – ainda sem uma data específica confirmada –, para concluir a etapa de testes.

    “A gente já testou algumas soluções. Essas soluções têm seus prós e contras. A gente vai fazer uma análise de quais soluções são maiores ou suficientes para a adoção do ecossistema do Drex e deve soltar um relatório para a sociedade no meio do ano, encerrando essa primeira fase de testes.”






    Fábio Araujo




    Coordenador do Drex no Banco Central

    Enquanto ainda não há uma definição quanto à solução de privacidade, o Drex não deverá ser lançado ainda em 2024.

    Quais são as suas expectativas para o “real digital”? Diga para a gente!

    O Drex, moeda digital do Brasil, está em fase de testes pelo Banco Central desde 2023. A previsão de lançamento era para o final de 2024, contudo, Fabio Araújo, coordenador do projeto-piloto, disse na segunda-feira (26) que o lançamento do sistema pode ser adiado em vista de definições legais que garantam sua segurança e efetividade.

    Araujo, que coordena o projeto-piloto do Drex junto ao Banco Central, afirma que a autarquia progrediu rapidamente no desenvolvimento da moeda tokenizada, mas o estabelecimento de protocolos relacionados à infraestrutura e privacidade do sistema podem atrasar o cronograma em alguns meses.

    “[…] É improvável que atendamos todos os requisitos regulatórios até o meio do ano”, disse Araujo em evento realizado na sede da Microsoft em São Paulo. Cabe lembrar que a gigante de tecnologia norte-americana é uma das empresas que estão fornecendo apoio ao projeto-piloto da moeda digital do Banco Central.

    O coordenador reforça que, apesar do possível adiamento, o Banco Central está comprometido com o projeto. A entidade financeira baseia os protocolos de privacidade do Drex na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e esse é um dos fatores que demandam maior atenção para o desenvolvimento da moeda digital.



    Drex: privacidade





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    Drex: transa





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    “Continuaremos os testes de privacidade e tentaremos aprimorar outros aspectos do projeto, como outros casos de uso e outros participantes”, disse. “Isso dependerá das formalidades e da forma como devemos concluir a primeira fase do piloto”.

    A expectativa é que a fase piloto do real digital seja finalizada até maio, contudo, soluções de privacidade devem continuar em desenvolvimento ao longo do segundo semestre para garantir que a fase de testes com a população seja liberada com um conjunto sólido de serviços. Araujo não descartou a possibilidade de testes públicos ainda em 2024.

    O Drex traz consigo uma grande expectativa para o aumento da segurança nas transações financeiras. Operações fraudulentas, por exemplo, poderão ter seus prejuízos revertidos enquanto o dinheiro ainda estiver em seu formato digital, uma vez que transferências realizadas no sistema poderão ser completamente rastreadas.

    xodo de funcionrios do BC pode agravar atraso do Drex



    A criação de uma moeda virtual gera demanda por novos profissionais no setor privado. Entidades bancárias estão em busca de especialistas na área da tecnologia da informação, segurança cibernética e outras esferas do ramo para desenvolverem suas próprias soluções que preparam seus serviços para o lançamento do Drex.

    Funcionários descontentes com as políticas de carreira e salários estão deixando o BC para trabalhar em empresas da iniciativa privada interessadas no Drex, gerando um fenômeno apelidado de “Drexit” — união dos termos “Drex” e “exit” (“saída”, em inglês), fazendo também alusão ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.

    “Isso não impactou tanto ainda, mas tem dificuldade”, disse Fábio Araújo em entrevista concedida à revista Exame em novembro de 2023. “Não estamos funcionando em toda a velocidade quanto gostaríamos, envolve fazer hora extra. Não conseguimos engajar como seria o ideal. Reduz um pouco a velocidade.”





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