Na última semana, Oppenheimer estreou na TV fechada e nas plataformas de streaming do Brasil. O vencedor do Oscar 2024 como “Melhor Filme” está disponível por meio do Telecine, na televisão e no Globoplay, além do Prime Video.
Afinal, o que há de verdade ou ficção no longa premiado? O Detetive TC separou os principais pontos para desvendar a você.
Houve aposta sobre a bomba?
O título mostrou que Oppenheimer apostou contra o funcionamento da bomba nuclear. Será que isso realmente aconteceu? De acordo com o Office of History and Heritage Resources, antes da Operação Trinity, ocorrida em 16 de junho de 1945, o fato realmente aconteceu.
O criador do dispositivo de explosão, o físico George Kistiakowsky, chegou a apostar um mês de salário contra apenas US$ 10 de Oppenheimer. O primeiro jogou no sucesso da bomba, enquanto o segundo foi contrário.
Na época, o funcionamento era colocado em cheque em decorrência dos testes preliminares, nos quais os explosivos responsáveis por detonar a bomba apresentavam falhas.
Relacionamento amoroso
Outra parte exibida no filme consiste no relacionamento de Julius Robert Oppenheimer com a comunista Jean Tatlock, que é tratada como sua amante, uma vez que ele chegou a se casar com Kitty. A história é verídica? O Screen Rant explica melhor este caso.
Oppenheimer e Jean se conheceram em 1936 e estiveram juntos durante três anos. Os dois chegaram a ficar noivos e quase se casaram, algo que não tem relato no filme. Além disso, a relação não se manteve de maneira direta.
Entre idas e vindas, o rapaz conheceu Kitty e se casou com ela em pouco tempo. Apenas depois disso, Jean passou a ser amante dele – e não há qualquer registro histórico sobre ela ter passado informações secretas aos soviéticos.
Consulta a Einstein
No longa de Christopher Nolan, é mostrado que Oppenheimer realizada encontros eventuais com Albert Einstein, inclusive para ser aconselhado sobre os cálculos de Robert Teller sobre a reação em cadeira resultante da detonação de uma bomba atômica.
E como isso aconteceu na vida real? Apesar de os dois cientistas se conhecerem e nutrirem um respeito mútuo, não existe qualquer registro que fale sobre uma possível consulta a Einstein sobre o Projeto Manhattan.
Além disso, houve realmente conselhos sobre os cálculos a respeito das consequências da detonação. No entanto, eles foram dados por Arthur Compton, que conferiu juntamente com Hans Bethe e concluiu uma chance “próxima de zero” de a catástrofe ocorrer.
Los Alamos inabitada?
O longa mostra que a escolha por Los Alamos, em Novo México, para abrigar o laboratório secreto teria passado por um argumento dado pelo cientista de que o local apenas teria uma escola para meninos e seria onde os nativo-americanos enterravam seus mortos.
Contudo, esta parte do título é mentira. Entre o final da década de 1930 e o começo dos anos 1940, o local abrigava comunidade de imigrantes hispânicos, os quais sobreviviam principalmente pela agricultura.
Apesar de vários terem se mudado para o lugar do Projeto Manhattan, muitos outros ficaram no local sem o conhecimento dos testes feitos ali. A consequência disso está na presença de câncer e outros problemas de saúde que perduram por gerações, por causa da radiação do local.
Personagens reais e fictcios
Além do protagonista Julius Robert Oppenheimer e de suas amadas, Jean Tatlock e Kitty, a trama traz outros personagens que, de fato, existiram no mundo real. A lista inclui o general Leslie R. Groves Jr e os físicos Edward Teller, Ernest Lawrence, Enrico Fermi e Leo Szilard.
E quais são as figuras fictícias da adaptação cinematográfica? Os destaques ficam por conta de Bora, personagem que liga a guerra com a criação da bomba atômica na vida de Oppenheimer, e de Frank Pash, retratado como um agente do FBI que investiga o cientista por suspeitar de simpatia ao comunismo.
E aí, você conhece mais situações reais ou fictícias relatadas pelo filme vencedor do Oscar 2024? Relate para a gente no espaço abaixo.
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