O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu barrar o pedido de Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador, de impedir depoimentos de delatores da Odebrecht (atual Novonor).
A decisão foi assinada nesta terça-feira 16. O político argumentou que o intuito seria evitar o uso de provas “ilícitas”.
Segundo o documento, executivos da empreiteira permanecem prestando depoimentos no exterior com base nos elementos de provas provenientes dos sistemas, mesmo após o STF determinar a nulidade das provas, em 2023.
No pedido, Glas cita notícias sobre depoimentos em julgamento nos Estados Unidos de executivos da Odebrecht no Equador.
Toffoli rejeitou o pedido por entender se tratar de uma “mera reiteração de pedido” já deferido nos autos”.
Além disso, segundo o ministro, a defesa de Glas não informou especificamente qual decisão judicial teria confrontado determinação do STF.
Glas foi condenado em 2017 a oito anos de prisão por participar do esquema de subornos da construtora brasileira Odebrecht e libertado em 2022 por um recurso legal.
Ele voltou a ser preso no dia 5 de abril deste após a polícia equatoriana invadir a embaixada do México no país. Ele havia solicitado asilo alegando “perseguição política”.