A polícia isolou nesta sexta-feira 19 o consulado iraniano em Paris, na França, e prepara uma intervenção, depois de ser informada por testemunha sobre a entrada de uma pessoa com material explosivo. A informação é de uma fonte de segurança local à agência de notícias AFP.
“Uma testemunha viu um homem entrando com uma granada ou um cinturão explosivo”, disse a fonte.
A mesma fonte acrescentou que o comandante da polícia de Paris, Laurent Nuñez, mobilizou uma unidade de elite e destacou que o consulado fez o pedido de intervenção.
O bairro onde fica o consulado iraniano, o XVI Arrondissement, no oeste da capital francesa, está completamente fechado ao tráfego e uma grande dispositivo policial foi mobilizado. O local fica nos arredores da torre Eiffel, principal ponto turístico da capital francesa.
O tráfego também foi interrompido nas linhas 6 e 9 do metrô, que passam pela estação Trocadero, a mais próxima do consulado iraniano, segundo a empresa RATP.
Segundo a RFI, o homem chegou ao local por volta das 11h (6h em Brasília). Um pedestre alertou a polícia que ele estaria com uma granada e um colete de explosivos. Rapidamente, uma grande operação policial foi montada nos arredores do consulado, perto do Trocadéro, um dos lugares mais turísticos da capital francesa.
Pelas redes sociais, a Secretaria de Segurança de Paris informou sobre uma operação no bairro, no 16º distrito de Paris, e pediu para a população “evitar a área”. Depois da prisão, realizada pelo batalhão de elite da polícia francesa, uma fonte indicou à agência Reuters que o suspeito “não carregava explosivos”.
“O homem saiu do consulado e está sendo interrogado”, informou a secretaria. “Uma inspeção do local está em curso”, acrescentou.
O incidente acontece poucas horas depois de uma série de explosões serem registradas na região central do Irã, em ataques atribuídos a Israel, dias depois de Teerã promover uma série de ataques inéditos ao território israelense, em resposta a um ataque contra o consulado iraniano de Damasco. A sequência marca um aumento da tensão regional no contexto do conflito entre Tel Aviv e o grupo Hamas.
(Com AFP e RFI)