Os Estados Unidos deram um novo passo com um projeto de lei que pode proibir o TikTok de existir em território norte-americano. O novo texto foi votado e aprovado após ser incluído no pacote de ajuda externa que visa auxiliar países aliados em guerra e executar mais sanções contra outros adversários, como a Rússia.
O projeto recebeu 360 votos a favor e 58 contras durante sua votação que ocorreu nesse último sábado (20/04). Esse texto atualizado agora exige que a ByteDance, empresa com sede na China e dona do TikTok, venda os direitos da rede social para uma empresa norte-americana em um prazo de 12 meses. Anteriormente, esse prazo era de 6 meses.
Por meio do X (antigo Twitter), o TikTok postou uma breve declaração sobre sua insatisfação com a possibilidade de ter aplicativo banido no país e aproveitou para destacar como ele move, anualmente, cerca de US$ 24 bilhões para a economia dos Estados Unidos.
It is unfortunate that the House of Representatives is using the cover of important foreign and humanitarian assistance to once again jam through a ban bill that would trample the free speech rights of 170 million Americans, devastate 7 million businesses, and shutter a platform…
— TikTok Policy (@TikTokPolicy) April 18, 2024
O autor do projeto de lei é o republicano do Texas “Michael McCaul”. De acordo com McCaul, ele protegerá os americanos, especialmente as crianças, da “influência maligna da propaganda chinesa”.
Políticos críticos do aplicativo chinês acreditam que a ByteDance pode coletar e entregar dados de privados de usuários americanos e que o aplicativo pode censurar vídeos que criticam o governo da China.
A ByteDance nega as acusações e explica que nunca entregou ou entregará dados de seus usuários ao governo chinês por ser uma plataforma completamente independente com seu próprio time de liderança, como, por exemplo: um CEO localizado em Cingapura, um COO nos EUA e um chefe global de confiança e segurança na Irlanda.
Caso seja aprovado no congresso, o projeto deve ir para o presidente Joe Biden, que deverá sancioná-lo. Biden já expressou seu apoio antes e chegou a afirmar que aprovaria quando chegasse. Um momento não muito bom para empresa que já tem planejado lançar uma rival para o Instagram.
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