O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu nesta segunda-feira 22 a exploração na Margem Equatorial, enquanto aguarda um aval do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Ibama.
Segundo Prates, trata-se de uma decisão de Estado que “já ultrapassou a seara do mero licenciamento ambiental”. Ele reforçou que o Brasil produz por volta de 1 bilhão de barris de petróleo por ano e que continuará a precisar do combustível daqui a 15 anos.
Diante desse cenário, prosseguiu Prates, o País tem duas opções: buscar novas opções – a exemplo da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas – ou voltar a importar petróleo.
“A única empresa capaz de garantir a máxima responsabilidade ambiental para fazer furo e saber se tem óleo na Margem Equatorial amazônica é a Petrobras”, disse o presidente durante o seminário Brasil Hoje, promovido pelo grupo Esfera Brasil em São Paulo.
Em setembro passado, durante uma viagem a Nova Délhi, na Índia, o presidente Lula (PT) também se opôs a uma proibição de pesquisas na região. “Se encontrar a riqueza que se pressupõe que exista lá, aí é uma decisão de Estado se você vai explorar ou não. Mas, veja, é uma exploração a 575 quilômetros à margem do [Rio] Amazonas. Não é uma coisa que está vizinha do Amazonas.”
“Não foi pesquisado ainda. É impossível saber antes de pesquisar. Você pode pesquisar, descobrir que tem muita coisa, aí vai se discutir como fazer a exploração daquilo.”
A Petrobras estima que a área pode render 14 bilhões de barris. O Ibama rejeitou o primeiro pedido de licença, mas a estatal apresentou uma nova solicitação, ainda sob análise.