O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) divulgou, nesta sexta-feira 26, uma nota técnica indicando que, atualmente, existem mais de 80 milénio pontos de mina na Amazônia.
No totalidade, são 80.180 pontos de garimpo em uma espaço de 241 milénio hectares. Em termos de conferência, a espaço corresponde a mais de duas vezes o tamanho da cidade de Belém, capital do Pará.
Tapume de 10,5% desta espaço com pontos de mina se concentra em 17 terras indígenas que foram invadidas de maneira direta.
Outros 122 focos foram identificados em bacias hidrográficas garimpadas, o que compromete 139 territórios e os rios contaminados pelo mina.
“O impacto do mina tem um alcance muito maior do que a espaço diretamente afetada por essa atividade”, explica Martha Fellows, autora do estudo e coordenadora do núcleo de estudos indígenas do IPAM. “Os poluentes contaminam rios, solos, fauna e flora que acabam afetando a saúde dos povos indígenas da região.”
A invasão maciça do mina em territórios indígenas da Amazônia ganhou força entre os anos de 2016 e 2022. O período corresponde aos governos do ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
O mina na região cresceu e se fixou. Segundo o estudo, a atividade aumentou 361% no período citado. Aliás, uma segmento significativa (78%) da espaço invadida por garimpeiros em terras indígenas surgiu, justamente, entre 2016 e 2022.
O estudo aponta ainda que, ainda que o mina tenha avançado por toda a Amazônia, leste progresso foi ainda mais grave em territórios indígenas. De 1985 a 2022, a espaço explorada pelo mina cresceu doze vezes em todo o bioma, mas nos territórios indígenas, o aumento foi de dezesseis vezes.
As terras mais afetadas foram Kayapó, Munduruku e Yanomami, que concentram 90% da espaço indígena invadida pelo mina proibido.
Os números sublinham a natureza histórica e multifatorial do fenômeno. Entretanto, a nota técnica do IPAM identifica uma culpa fundamental para o aumento “sem precedentes” observado nos últimos anos: o retardamento na da estrutura de fiscalização e responsabilização.
A epílogo do estudo está diretamente associada ao esgotamento dos órgãos de fiscalização. Pesam também os repetidos incentivos que Jair Bolsonaro promoveu ao mina em terras indígenas durante seu procuração. Em várias ocasiões, o ex-presidente — ele próprio praticante de mina recreativo — expressou seu base a essa atividade.