O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou nesta segunda-feira 29 as tensões entre o governo e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Segundo Haddad, o psdebista “segue sendo um aliado”.
“Tem dado muito resultado o nosso diálogo com o Congresso e com o Judiciário”, comentou.
No sábado, Haddad cobrou o Legislativo e afirmou que “virou um parlamentarismo”.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Haddad disse haver um desequilíbrio, uma vez que, em sua visão, apenas o Executivo é obrigado na prática a respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Pacheco respondeu classificando como “injusta” e “desnecessária” as declarações do ministro.
O governo federal e o Congresso tem travado um embate sobre a suspensão da desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios.
O Congresso Nacional aprovou a prorrogação da benesse até 2027, mas o Ministério da Fazenda tenta restabelecer a cobrança dos tributos gradativamente. Por causa do impasse, o governo foi ao Supremo Tribunal Federal.
O ministro Cristiano Zanin suspendeu a desoneração da folha e submeteu sua decisão ao plenário. Cinco dos 11 ministros já votaram por confirmar a ordem, mas Luiz Fux pediu vista e interrompeu a análise. Ele tem até 90 dias para liberar o processo.
Atualmente, o Supremo já registra cinco votos a favor da suspensão, restando um voto para formar maioria. O ministro Luiz Fux pediu mais tempo para analisar o caso e interrompeu o julgamento.