O presidente Lula (PT) afirmou, nesta quinta-feira 2, que não faltarão recursos do governo federal para minimizar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul.
Até aqui, a Defesa Civil do estado confirma 13 mortes e 21 desaparecidos em decorrência dos temporais. O balanço mais recente do órgão, divulgado às 12h desta quinta, aponta ainda 141 municípios afetados, 4.599 pessoas em abrigos e 9.993 desalojados. O total de cidadãos afetados chega a 67.860.
“Fiz questão de trazer os ministros aqui porque quero que eles assumam o compromisso em solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, para que a gente possa minimizar o sofrimento que esse evento extremo da natureza está causando no estado”, disse Lula. “A gente não vai permitir que faltem recursos para que a gente possa reparar os danos causados.”
O presidente destacou que, no primeiro momento, o desafio principal é salvar vidas, mas posteriormente será necessário garantir recursos para superar os danos no estado.
“Quero dizer que não faltará, da parte do governo federal, ajuda para cuidar da saúde, do transporte, dos alimentos, de tudo que estiver no alcance do governo federal. Vamos dedicar 24 horas de esforço para atender as necessidades básicas do povo.”
O governo federal atendeu a um pedido do governador Eduardo Leite (PSDB) e encaminhou equipes das Forças Armadas para apoiar as ações de resgate das famílias impactadas pelas enchentes. O Rio Grande do Sul está oficialmente em situação de calamidade pública.
Segundo o general Hertz Pires, comandante da 3ª Divisão de Exército, o efetivo atual conta com 626 militares em ação, mas a expectativa é que o total chegue a 1.500. As Forças Armadas também participam das operações com aeronaves e distribuição de alimentos e recursos a pessoas isoladas.
Um monitoramento hidrológico apresentado pelo Exército mostra uma tendência de aumento dos níveis dos rios que cortam o estado nos próximo dias. Também há um alerta de enchente em Porto Alegre, com a possível cheia do Rio Guaíba.
Durante a coletiva de imprensa com Lula, Eduardo Leite afirmou ser “o pior desastre climático do estado”, além de alertar a população para que, na medida do possível, se coloque em segurança.
“Não faltarão recursos do governo federal e nem por parte do estado”, disse o governador. “É uma situação de guerra a que estamos enfrentando.”
