O jornalista Paulo Figueiredo se negou a responder a uma pergunta sobre a ditadura militar brasileira (1964-1985) durante uma audiência no Congresso dos Estados Unidos, nesta terça-feira 7. Ele foi questionado pela deputada democrata Sydney Kamlager-Dove.
Paulo é neto de João Figueiredo, o último presidente da ditadura, que governou o País entre 1979 e 1985.
“Você repudia a ditadura militar que governou o Brasil de 1979 a 1985?”, perguntou a deputada durante audiência de um subcomitê da Comissão de Assuntos Internacionais da Câmara dos Representantes. “Isso não tem nada a ver com o tema”, respondeu Figueiredo.
Kamlager-Dove insistiu por uma resposta “sim ou não”, mas o bolsonarista repetiu: “Isso não tem a ver com o que estamos discutindo”. A audiência, impulsionada por republicanos e pela extrema-direita brasileira, recebeu o título de “Brasil: uma crise de democracia, liberdade e Estado de Direito?”.
O movimento ganhou tração a partir da campanha deflagrada pelo bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Participaram da audiência nesta terça os deputados republicanos Chris Smith e Maria Elvira Salazar e os democratas Susan Wild, Joaquin Castro e Kamlager Dove.
Os convidados, além de Paulo Figueiredo, eram o professor Fabio de Sa e Silva e o fundador da plataforma Rumble, Christopher Pavlovski.