O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca anunciou nesta quarta-feira o fim das vendas de sua vacina contra a covid Vaxzevria, uma das primeiras produzidas na pandemia, após a redução da demanda.
“Como desde então foram desenvolvidas múltiplas vacinas contra variantes da covid-19, há um excedente de vacinas atualizadas disponíveis. Isto levou a uma queda na demanda pela Vaxzevria, que não está sendo mais produzida ou fornecida”, afirmou o grupo em um comunicado.
A AstraZeneca decidiu iniciar a retirada da Vaxzevria do mercado na Europa, acrescenta a nota.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou na terça-feira no seu site que a autorização de venda da Vaxzevria foi retirada “a pedido do titular da autorização”, ou seja, o laboratório farmacêutico.
O grupo também “trabalhará com outros reguladores em todo o mundo para iniciar a retirada das autorizações (…) em locais sem previsão de futuras demandas para a vacina”.
A AstraZeneca afirma que deseja “concluir este capítulo” e destacou o “orgulho do papel da Vaxzevria para o fim da pandemia global”.
“Segundo estimativas independentes, mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas apenas no primeiro ano de uso do medicamento. E mais de 3 bilhões de doses foram distribuídas em todo o mundo”, acrescentou a empresa.
A vacina, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, foi uma das primeiras a chegar ao mercado, apesar de não estar entre as especialidades do grupo britânico. O medicamento enfrentou vários contratempos, incluindo a falta de autorização para comercialização nos Estados Unidos.
Também enfrentou problemas de distribuição na Europa, além de suspeitas de aumentar o risco de trombose.
Além disso, o mundo priorizou as vacinas de mRNA, em particular a produzida pela gigante farmacêutica americana Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTech.
As vendas da Vaxzevria caíram ainda mais com o fim das restrições globais da covid.