A Coteminas informou nesta quarta-feira 8 ter pedido recuperação judicial e disse que a Justiça já emitiu uma ordem de proteção cautelar.
Em um fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários, a empresa não fornece o nome do juiz ou da juíza responsável por acolher parcialmente a solicitação.
O comunicado também não menciona o valor da dívida a ser renegociada com a intermediação da Justiça.
O diretor-presidente da Coteminas é Josué Gomes da Silva, que também comanda a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp.
Um fundo de investimento notificou a Coteminas sobre o vencimento antecipado de debêntures emitidas pela Ammo Varejo – uma das empresas do grupo – e a possível transferência de ações por um valor irrisório.
O grupo, então, diz ter contranotificado o fundo sob o argumento de não terem se configurado o vencimento antecipado da dívida e a possibilidade de transferir ações para qualquer empresa.
“Adicionalmente, conforme já amplamente informado, desde o fim da pandemia, a Companhia vem tendo seus negócios negativamente impactados pela combinação de fatores adversos que acarretaram dificuldades financeiras”, diz o fato relevante.
O objetivo da recuperação judicial, de acordo com o documento, seria “garantir a preservação das atividades empresariais e de ativos das Companhias e suas controladas, que ficariam sujeitas a dano irreparável”.
No trecho de decisão divulgada, a Justiça diz que a antecipação de vencimento das debêntures não seria possível, “não só pelas questões contratuais, mas também por serem caracterizadas como ativos essenciais”.
Leia a íntegra do fato relevante:
Fato Relevante – Comunicado de deferimento de recuperação judicial