A primeira-dama Janja Lula da Silva está a caminho do Rio Grande do Sul com uma comitiva de ministros para apurar os estragos causados pelas enchentes provocadas pelas chuvas da última semana e levar donativos. Além de Janja, também seguem ao estado Simone Tebet (Planejamento), representando a equipe econômica do governo, Waldez Góes (Integração) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência).
A comitiva presidencial, que se desloca ao Rio
Grande do Sul em um avião presidencial, vai passar pelas cidades de Canoas, São
Leopoldo, Guaíba e Porto Alegre.
Janja não comentou sobre o teor da viagem, mas
Tebet afirmou que a visita ao estado será para “acompanhar e fazer a entrega de
purificadores, mantimentos, remédios, água, alimentos e equipamentos para as
famílias atingidas pelas chuvas no estado. É momento de solidariedade e muita
ação”, disse nas redes sociais.
“E também levar uma palavra clara do governo federal de que não faltará recursos. Ontem (terça, 7), foi promulgado o projeto de decreto legislativo que tira todas as amarras, a burocracia, o tempo. Agora a gente pode receber dos prefeitos, quando eles tiverem esses valores, aquilo que eles precisam para recuperarem e reconstruir escolas, creches, postos de saúde, estradas”, disse a ministra.
Ainda segundo Simone Tebet, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar junto de Fernando Haddad (Fazenda) um pacote de ajuda diretamente à população que sofreu perdas nas enchentes. Além desta iniciativa, também está previsto um anúncio de recursos para prevenção em encostas dentro do Novo PAC Seleções, ainda na manhã desta quarta (8).
A ministra afirmou, ainda, que o governo pode abrir mão temporariamente de R$ 2 bilhões da dívida do Rio Grande do Sul com a União. “O que vai dar grande impacto para o estado é a suspensão de grande parte da dívida. Se for, por exemplo, neste ano, dá R$ 2 bilhões”, disse em entrevista à GloboNews.
Um pouco mais cedo, Haddad afirmou que pediu ao governo para agilizar a decisão sobre a suspensão temporária do pagamento da dívida de R$ 92 bilhões do estado com a União.
Também é possível que as dívidas dos produtores rurais gaúchos sejam temporariamente suspensas, o que será discutido em breve na reunião do Conselho Monetário Nacional, que ela também deve ouvir na visita desta quarta (8).
Por outro lado, Simone Tebet afirmou que ainda
não é possível definir exatamente quanto será destinado pelo governo ao Rio
Grande do Sul, já que o nível das águas segue alto em grande parte do estado.
De acordo com o último boletim da Defesa Civil
do Rio Grande do Sul, divulgado na manhã desta quarta (8) as chuvas afetam 414
municípios gaúchos dos 497 do estado, com 1,4 milhão de pessoas atingidas. Pelo
menos 95 morreram, 372 ficaram feridas e há 128 desaparecidas.
O estado ainda tem 225,4 mil pessoas fora de
casa, sendo 66,4 mil em abrigos e 158,9 mil desalojadas abrigadas nas casas de
familiares ou amigos.