O governo da Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um novo acordo. Nesta segunda-feira 13, o FMI anunciou a oitava revisão nos termos originais do acordo, fechado ainda no governo do ex-presidente Mauricio Macri.
Em nota, o órgão confirmou que o novo acordo poderá liberar cerca de 800 milhões de dólares para o país governado por Javier Milei.
O montante é especialmente importante para as contas do governo, que desde o início do ano vem promovendo sucessivas compras da moeda norte-americana, como forma de acumular reservas.
No documento de hoje, o FMI elogiou o plano de ajuste fiscal implementado por Milei desde que chegou à presidência do país vizinho, em dezembro do ano passado.
“Apesar de herdar uma situação econômica e social altamente complexa, a implementação firme do plano de estabilização […] permitiu que o progresso fosse alcançado mais rapidamente do que o esperado”, diz um trecho da nota técnica.
O montante a ser liberado ainda precisa ser ratificado pelo Diretório Executivo do FMI, o que deve ocorrer em breve. Esse é o segundo acordo técnico – que envolve a liberação de mais recursos – desde que Milei chegou à presidência.
O forte ajuste fiscal, por outro lado, também vem gerando um enxugamento do aparelho estatal argentino, com demissões em massa de funcionários públicos e fechamentos de órgãos estatais.
Além disso, parte do plano econômico de Milei envolve a liberação de preços na Argentina, o que vem promovendo, desde o início do ano, um freio na atividade econômica do país, a exemplo do comércio.
A entidade, por sua vez, considera que as autoridades argentinas “realizaram esforços significativos para ampliar a assistência social às mães e crianças vulneráveis, bem como proteger o poder aquisitivo das aposentadorias”.
Desde um ponto de vista economicamente ortodoxo, o governo passou a cumprir as metas demandadas pelo FMI. Uma delas é a busca por superávit fiscal, o que foi obtido por Milei no primeiro trimestre deste ano.