O desastre climático no Rio Grande do Sul, que causou 163 mortes e deixou quase 600 mil desalojados até a conclusão desta coluna, revelou-se ainda mais doloroso para as vítimas sobreviventes a partir do momento em que pessoas, com interesses escusos (às vezes, até para elas próprias), passaram a divulgar notícias falsas em meio à tragédia. A prática existia muito antes de voltar americanizada. Até o advento da terra sem lei das redes sociais, as mentiras, inocentes ou arrasadoras, tinham alcance menor e nomes singelos. Chamávamos de lorotas, tramoias ou traição os truques baixos dos que inventavam e faziam circular fofocas maldosas contra seus desafetos.
A calúnia era considerada uma forma de traição. Ainda que de contágio muito mais lento do que na era do WhatsApp, a propagação de boatos ou fofocas dependia de que outras pessoas acreditassem nelas e passassem adiante, boca a boca. Mesmo assim, a briga ou desavença resultantes da fofoca era um evento privado restrito a um pequeno círculo de conhecidos. Lembro-me de um aforismo do saudoso Plínio Marcos, sempre provocador: “Se é mentira, espalha logo, antes que desmintam”. Mas seu objetivo era desmoralizar os milicos do golpe de 1964.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
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