O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra do país. A estrutura foi criada para o conflito contra o grupo Hamas.
A decisão, revelada nesta segunda-feira 17 pela agência Reuters, acontece após a saída do ex-general Benny Gantz do governo de emergência do país.
Em termos de decisão política, Netanyahu deverá, ao menos por enquanto, contar com um grupo menor de consultores sobre a guerra. O grupo inclui, por exemplo, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer.
A dissolução também acontece em um momento de pressão interna e externa para Netanyahu.
Do ponto de vista interno, ele era cobrado para incluir novos nomes no gabinete de guerra, a exemplo de figuras conhecidas da extrema-direita local, como Bezalel Smotrich, que já passou pelo Ministério das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional.
Esse quadro contribuiu, por exemplo, para que as Forças Armadas anunciassem, no último domingo 16, uma pausa nos ataques à Faixa de Gaza.
Sob o ângulo externo, a dissolução do gabinete acontece frente ao crescimento da pressão para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A proposta, aliás, já foi aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).