Este conteúdo é sobre um fato que ainda está sendo apurado pela redação. Logo teremos mais informações.
A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (17), em Volta Redonda (RJ), o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, condenado por corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato. Ele tinha um mandado de prisão expedido em 18 de julho, pela Justiça Federal em Curitiba, e estava foragido.
Segundo a PF, o ex-executivo tinha um mandado de prisão definitiva por ter sido condenado a 39 anos, dois meses e 20 dias de reclusão em regime fechado. Duque foi encaminhado para o sistema prisional fluminense.
A prisão foi viabilizada devido a um cruzamento de informações de inteligência realizado pelo Núcleo de Capturas da Polícia no Rio de Janeiro.
Renato Duque foi uma das principais figuras da Lava Jato
Duque foi uma das principais figuras das investigações da operação Lava Jato, que identificou um grande esquema de corrupção na diretoria de serviços da Petrobras, à época comandada por ele.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o esquema possibilitou que fossem desviados recursos públicos em obras de refinarias e gasodutos e contratos de sondas. Executivos da Petrobras pediam propina para garantir vantagens. Duque também teria sido beneficiado.
Ele teve sua primeira condenação determinada em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato, por associação criminosa. A ele foi determinada uma pena de pouco mais de 20 anos. Uma nova condenação, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi determinada em menos de um ano. Uma nova pena de mais de 20 anos, em regime inicial fechado, foi aplicada a Duque.
Em 2020, o ex-diretor da Petrobras recebeu uma tornozeleira eletrônica e teve autorizada a transferência da unidade penal onde estava, no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para o Rio de Janeiro.
A decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que o retirou da prisão após cinco anos impôs, além do monitoramento eletrônico, proibições de sair do país sem autorização e de entrar em contato com outros investigados na Lava Jato.