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    CNU: metade dos candidatos não compareceu à aplicação do “Enem dos Concursos”

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    Metade dos inscritos do Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como CNU e “Enem dos Concursos”, não compareceu para a realização do exame neste domingo (18). A estimativa do governo é que a ausência de candidatos está entre 52% e 53%, conforme anunciou a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, após a conclusão da prova.

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    Ao todo, 2,1 milhões de pessoas fizeram a inscrição para as provas, o que indica que ao menos 1 milhão desistiu da participação neste domingo. Apesar do alto número, Dweck sustenta que o índice foi dentro das expectativas do ministério.

    “O que era esperado é que seria uma abstenção entre 40% e 50% da abstenção em concurso. Isso é uma coisa curiosa, as pessoas se inscrevem, pagam taxa de inscrição e elas acabam não indo fazer a prova porque acham que não estão preparadas o suficiente, ou porque mudaram de perspectivas”, afirmou a jornalistas em comunicado de encerramento do exame.

    +Ministra diz que governo estuda uma segunda edição do CNU, o “Enem dos Concursos”, em 2025

    Os números exatos ainda estão sob avaliação, mas o menor índice de abstenção foi registrado no Distrito Federal e a maior quantidade de ausências se deu no Ceará. De acordo com o monitoramento do governo, a mudança de data da aplicação do exame – antes prevista para maio – não está relacionada com a abstenção. A alteração se deu pela impossibilidade de realização da prova no Rio Grande do Sul, que à época enfrentou uma tragédia climática.

    O exame faz uma seleção a 6.640 vagas, em diferentes carreiras, com salários que vão até R$ 20 mil.

    Dificuldades por parte dos candidatos

    Uma das críticas apontadas por candidatos ao concurso foi o tempo disponibilizado para questões discursivas. A etapa aconteceu pela manhã, e alguns dos relatos compartilhados indicaram uma dificuldade pelo número de questões. De outro lado, a ministra da gestão afirmou que a alocação do tempo fazia parte da avaliação, e que as regras estavam definidas em edital do concurso.

    “Todo mundo que faz um concurso sabe que precisa adequar a sua realização da prova ao tempo. Então de fato tinha uma questão dissertativa, com determinado tempo, mas algumas questões objetivas na parte da manhã, e fazia parte da alocação de tempo de todos os candidatos, a divisão do tempo que tinha para fazer isso. É comum a todos os candidatos, têm total isonomia e era conhecido desde o início”, defendeu.

    Outra polêmica em relação ao CNU foi a posição de candidatos que insistiram em levar as provas do concurso. A regra determinava a eliminação de quem deixasse o local com o caderno, o que aconteceu em diferentes cidades. A estimativa do ministério é que, entre todas as restrições, aproximadamente 500 pessoas tenham sido eliminadas por alguma conduta indevida.

    “Aconteceu em mais de um lugar, mas foram muito poucas [pessoas]. Quero destacar que isso não é vazamento da prova, não teve nenhum problema em termos de segurança da prova essa atitude de candidatos, mas pessoalmente eles fizeram uma medida que era contrária às regras do concurso e estava muito claro que quem saísse com caderno de prova seria eliminado”, afirmou.

    Dweck ainda afirmou que outras interferências, como falta de luz, foram registradas em poucos locais no Brasil, e que a situação não afetou a realização do concurso: “Nada que tenha afetado efetivamente a realização da prova. Foram coisas que atrasam ou tiveram algum tipo de pequenos problemas, mas nada que afetou a realização”.

    O gabarito preliminar oficial da prova objetiva do CNU será divulgado na manhã de terça-feira (20), pela página oficial do concurso.

    Via SBT

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