Por causa da preocupação com a falta de chuvas no país, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) — responsável pela coordenação e controle da operação de geração e transmissão de energia —, informou que tomará algumas medidas adicionais e preventivas para atender a demanda da população integralmente.
Na nota, divulgada nesta terça-feira (20), o órgão reforçou que não há risco de desabastecimento, mas informou que o reservatório das hidrelétricas, principal fonte de energia elétrica no país, está sendo impactado pela falta de chuvas, especialmente na região Norte, que é fundamental para a operação.
+ Bandeira tarifária verde: contas de energia elétrica não terão custo extra em agosto
“Há alguns meses que a afluência, ou seja, o volume de água que chega ao reservatório de uma usina hidrelétrica e que pode ser transformado em energia, está abaixo da Média de Longo Termo (MLT), que é a média verificada para um histórico de 94 anos de medições”, diz a nota.
Por isso, uma das medidas listadas pelo ONS é em relação às usinas termelétricas movidas a gás, que serão acionadas antecipadamente, já a partir de outubro deste ano e não mais em 2026, quando estava previsto o início da operação comercial da termelétrica Termopernambuco.
“Não há qualquer problema de atendimento energético, e o Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe de recursos suficientes para atender a demanda por energia”, pontuou.
+ Brasil bate recorde na geração de energia, com alta de 18,7%
Todas as ações serão para os períodos do dia quando há um maior consumo de carga, principalmente à noite, intensificando em outubro e novembro.
Medidas
– Minimizar o despacho das usinas hidrelétricas do subsistema Norte, para preservação dos recursos hídricos da região, já com vistas ao atendimento à ponta de carga nos meses de outubro e novembro;
– A maximização da disponibilidade de potência ao final do período seco, o que considera o adiamento de manutenções, quando possível, e a antecipação do retorno de ativos indisponíveis;
– Acionamento de usinas termoelétricas a GNL com despacho antecipado, como a antecipação para despacho da UTE Termopernambuco, já a partir de outubro de 2024;
– A ampliação do uso de ferramentas como os Mecanismos de resposta da demanda.
De acordo com o ONS, as medidas foram apresentadas ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), grupo do Ministério de Minas e Energia (MME) que acompanha e avalia a geração de energia.