O segundo voo de resgate de brasileiros do Líbano partiu da capital Beirute no começo da tarde desta segunda (7) após apenas algumas horas depois de ter pousado em Lisboa para uma parada técnica e à espera de liberação para voar ao Oriente Médio.
Este segundo voo de repatriação da operação “Raízes do Cedro”, também operado pelo avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB), faz o caminho contrário com 227 passageiros e três animais de estimação. Além de buscar os cidadãos que pediram resgate, o voo também levou ao Líbano uma doação humanitária de insumos médico-hospitalares requisitada pelo governo do país.
De acordo com as informações oficiais do aeroporto de Lisboa, a previsão é de que o voo pouse na capital portuguesa às 18h (horário de Brasília, 22h hora local) para reabastecimento e decole para São Paulo/Base Aérea de Guarulhos pouco depois. A expectativa é de pousar no Brasil na manhã desta terça (8), em um horário ainda a ser definido.
O governo informou que, assim como no primeiro voo da operação, a prioridade continua sendo para mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no Líbano.
No primeiro voo de repatriação que pousou no Brasil na tarde de domingo (6) com 229 pessoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os recepcionou na base aérea e se solidarizou com a situação. “Espero que vocês encontrem no Brasil a felicidade que tiraram de vocês com esse bombardeio, e que a gente possa reconstruir a nossa vida em paz aqui no Brasil”, disse.
“O Brasil é generoso. Não tem contencioso com nenhum país porque a gente não deseja guerra. A guerra só destrói. Quando não perde a vida, perde escola, hospital, médico, uma série de coisas que trazem tranquilidade para a gente. O que constrói é a paz”, completou Lula.
Ainda durante o recebimento dos brasileiros, o cônsul-geral do Líbano em São Paulo, Rudy El Azzi, agradeceu o governo pela operação. Este primeiro voo priorizou mulheres, idosos, deficientes e crianças, sendo dez delas de colo.
A expectativa é de que a operação “Raízes do Cedro” receba até 500 brasileiros por semana, dos cerca de três mil que pediram resgate ao governo.
Os voos da operação contam com uma equipe multidisciplinar com três médicos, dois enfermeiros e dois psicólogos para garantir acolhimento e assistência.