As explosões nesta quarta-feira (13) nas proximidades do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e em um carro no estacionamento de um dos anexos da Câmara dos Deputados fizeram com que a segurança fosse reforçada nas sedes de todos os poderes da República. A informação foi repassada em uma coletiva da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, no fim da noite desta quarta. Investigações sobre o caso foram abertas pela Polícia Civil do Distrito Federal e também pela Polícia Federal. Após os incidentes, o STF, a Câmara e, posteriormente, o Senado foram esvaziados.
De acordo com as informações já confirmadas pelas autoridades do DF, por volta das 19h30, a primeira explosão foi registrada em um carro que continha artefatos e estava no estacionamento do anexo 4 da Câmara dos Deputados. Policiais militares que patrulhavam a região foram acionados e, com a ajuda da Polícia Legislativa do Congresso, teriam impedido que a ocorrência no local tivesse proporções maiores. Eles evitaram que parte dos artefatos terminasse de explodir dentro do veículo.
O homem que seria o dono do carro também teria se dirigido para as proximidades do Supremo e tentou entrar no prédio e, segundo informações preliminares, estaria com uma mochila com artefatos explosivos – não se sabe ainda de que tipo. Ele foi impedido de entrar no STF. Na sequência, mais dois artefatos teriam explodido nas imediações da Suprema Corte. O homem morreu no local. Não houve outros feridos nos incidentes.
Até as 23h, o governo do DF não confirmou oficialmente a identidade do homem. Celina Leão e as demais autoridades na coletiva afirmaram que o corpo ainda não havia sido retirado do local – imediações do STF – e que ainda passaria por perícia.
Uma operação de “varredura” ainda estava em andamento na noite desta quarta e as polícias averiguavam se eventualmente existiriam outros artefatos na Praça dos Três Poderes ou nas sedes dos Poderes – o que não tinha sido confirmado até o fim da noite.
Por precaução, Celina Leão solicitou aos presidentes do Congresso Nacional que não tivesse sessão parlamentar nesta quinta-feira (14). O presidente da Câmara, Arthur Lira, informou que todas as atividades foram suspensas até as 12h desta quinta.
Ainda não havia informações se foi um ato solitário ou se houve a participação de outras pessoas, nem sobre a motivação ou se existe alguma relação com outros eventos, como os atos de 8 de janeiro de 2023, que terminaram com a depredação das sedes dos Três Poderes.
Comunicação ao STF
A governadora em exercício do DF disse também que estava em contato com os presidentes dos Poderes e que o ministro Luís Roberto Barroso, que está à frente da Suprema Corte, foi informado sobre o andamento das investigações da Polícia Civil. Segundo Celina Leão, caberá ao STF definir se o caso ficará todo com a Corte, já que pode haver o entendimento de que há relação com outros inquéritos em andamento lá, como o das milícias digitais, por exemplo.
Celina também foi questionada sobre a ausência do governador do DF, Ibaneis Rocha, e informou que ele está de “licença oficial”.