O Equador ordenou, nesta quarta-feira 17, a suspensão do trabalho público e privado por dois dias, devido à crise energética causada por um déficit histórico nos reservatórios que abastecem as centrais hidrelétricas e que levou a apagões de até seis horas.
O presidente Daniel Noboa decretou a “suspensão da jornada de trabalho” na quinta e na sexta-feira, informou a Presidência em um comunicado, alertando que a decisão não responde apenas “às circunstâncias ambientais”, mas a “atos inéditos de corrupção e negligência”.
Na terça-feira, o presidente declarou situação de emergência no setor elétrico e pediu a renúncia da então ministra da Energia, Andrea Arrobo.
Devido aos racionamentos intempestivos do último domingo, Noboa confiou, na terça-feira, a pasta da Energia ao chefe de Transportes e Obras Públicas, Roberto Luque, e ordenou a investigação por suspeitas de corrupção que afetaria a produção de eletricidade.
A Presidência especificou que os setores estratégicos do Executivo “estarão operacionais e 100% focados na tarefa de resolver a crise energética” durante o feriado obrigatório.
As centrais elétricas farão manutenções em suas usinas na quinta e na sexta-feira, o que implicará racionamentos que serão anunciados oportunamente, acrescentou.
A Colômbia deixou de exportar energia para o Equador como medida para enfrentar a grave seca associada ao fenômeno El Niño, que deixa os reservatórios daquele país abaixo de 30% da sua capacidade.
Perante a crise energética, Noboa indicou na terça-feira que em abril serão cobradas apenas 50% das contas de eletricidade das famílias.