“Isso no Brasil não vai mudar. Quando um time começa a perder ou os resultados não agradam, o primeiro a ser ‘sacrificado’ é o técnico. Ninguém pode fazer isso com todos os jogadores e na minha opinião a maioria das vezes a culpa está nos jogadores. Mas o presidente não pode mandar todos os jogadores embora, então sempre cai no treinador”, afirmou Rivaldo em entrevista à Betfair.
Thiago Carpini permaneceu no comando do São Paulo por pouco mais de três meses. Neste período, o treinador disputou 18 jogos, somando sete vitórias, seis empates e cinco derrotas – aproveitamento de 50%.
Aos 39 anos, Thiago Carpini foi o treinador mais jovem a ser campeão pelo São Paulo, faturando a Supercopa Rei em cima do Palmeiras. O técnico também ficou marcado por ter sido o responsável pela quebra do incômodo tabu em Itaquera, vencendo o Corinthians por 2 a 1 na Neo Química Arena.
“Não acho que seja culpa do Carpini, mas são coisas do futebol, especialmente no Brasil, onde os treinadores não têm tempo. Eles precisam ganhar o tempo todo e quando o time começa a ficar embaixo na tabela ou começa mal, as críticas começam e o presidente acaba sempre mandando o treinador embora para aliviar as coisas”, prosseguiu.
Rivaldo também fez um alerta para os outros treinadores do Brasileirão, que, mais cedo ou mais tarde, têm boas chances de ter o mesmo fim de Thiago Carpini.
“E ele não vai ser o único, viu? Vai acontecer muito em um campeonato como o Brasileirão. Dificilmente um treinador começa e termina no mesmo time no campeonato. São poucos os que têm essa oportunidade, tudo depende dos resultados e com certeza uns 10 treinadores serão demitidos. A cultura do Brasil jamais vai mudar em relação aos treinadores”, concluiu o pentacampeão mundial.
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