O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (6) que é o “plano A, B e C” para a eleição presidencial de 2026. A declaração ocorre após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sugerir que poderia ser o “plano B” para disputar o Planalto diante da inelegibilidade do pai.
“Sou eu mesmo [o candidato]. O plano A sou eu, o plano B sou eu também e o plano C sou eu”, disse Bolsonaro em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. O ex-presidente, que cumpre agenda no Rio Grande do Sul, evitou dizer quem pretende apoiar caso permaneça impedido de disputar a eleição.
“A não ser depois da minha morte física ou política em definitivo que eu vou pensar em um possível nome”, emendou. Eduardo participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) realizada na Argentina, nesta quarta (4), e criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou seu pai inelegível.
“O plano A é [Jair] Bolsonaro, posso ser o plano B”, disse o parlamentar ao jornal Folha de S. Paulo após o evento. Apesar da sugestão, o deputado negou que seja pré-candidato ao cargo.
Durante a entrevista à Rádio Gaúcha, ele voltou a criticar o relatório da Polícia Federal, que o indiciou em novembro, por participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas. “A Polícia Federal está mentindo, é uma vergonha essa parte da Polícia Federal”, afirmou.
Bolsonaro reforça que será candidato em 2026
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro se coloca como o nome da direita para concorrer à presidência da República em 2026. Em outubro, quando foi questionado sobre quem seria seu preferido para o próximo pleito, ele disse: “É o Messias”, referindo-se a si mesmo.
Na ocasião, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado um dos principais nomes para substituí-lo em 2026, desconversou e reforçou a fala do ex-presidente: “O candidato a presidente é Bolsonaro”.
Em 2023, o TSE declarou a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos após ele criticar a segurança das urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores, em julho de 2022. Com isso, ele está impedido de disputar qualquer cargo público até 2030. O ex-mandatário alega ter sido alvo de “perseguição” em um “julgamento político”.