A saída de Paulo Pimenta do comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom), confirmada nesta terça-feira (7), marca a sétima troca feita pelo presidente Lula (PT) na equipe ministerial do governo desde o início do terceiro mandato.
Pimenta deixará o cargo oficialmente nesta quinta (9) e será substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro de Lula na campanha de 2022. No início de dezembro de 2024, Lula criticou a comunicação do governo e do PT e prometeu fazer as “correções necessárias”.
O petista admitiu que é responsável, em parte, pela falha. Ele cobrou organização na área para divulgar as entregas da gestão. A expectativa é que novas mudanças ministeriais ocorram nos próximos meses.
Gonçalves Dias
O então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, foi o primeiro a cair. Gonçalves Dias pediu exoneração do cargo em 19 de abril de 2023, após imagens do circuito interno de segurança mostrarem que ele esteve no Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro. O GSI foi comandado interinamente por Ricardo Cappelli por cerca de um mês. Em maio de 2023, o general Marcos Amaro dos Santos assumiu a pasta.
Daniela Carneiro
Lula confirmou a demissão da então ministra do Turismo, Daniela Carneiro, no dia 13 de julho de 2023. A saída foi oficializada um dia depois. O presidente buscava agradar o Centrão e aumentar o apoio no Congresso, por isso nomeou o deputado federal Celso Sabino (União-PA), que comanda a pasta atualmente.
Ana Moser
Em setembro, Lula fez mais um aceno ao Centrão ao demitir a então ministra dos Esportes, Ana Moser, e substituí-la pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA). O ministro, que segue no comando da pasta, é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Márcio França
Outra movimentação feita para angariar o apoio do Centrão foi a transferência do então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, para o recém-criado Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte em setembro de 2023. A mudança abriu espaço para que o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumisse o Ministério de Portos e Aeroportos.
Flávio Dino
Em janeiro do ano passado, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deixou a pasta após ser indicado por Lula para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski foi oficializado como sucessor de Dino no governo.
Silvio Almeida
O então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, caiu após a diulgação de uma série de denúncias de suposto abuso sexual. A ONG Me Too Brasil tornou o caso público na noite de 5 de setembro de 2024. Um dia depois, Lula se reuniu com a ministra da Igualdade Social, Anielle Franco, que teria sido uma das vítimas.
Anielle confirmou a informação ao presidente, que demitiu o ministro no dia 6 de setembro de 2024. No mesmo mês, Lula nomeou a deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) para o cargo.
Na ocasião, Almeida emitiu uma nota e gravou um vídeo se defendendo das acusações, afirmando que se tratavam de “mentiras” e “ilações absurdas” sem provas, com o “único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”.
PT perde 1º ministro no Lula 3
Com a queda de Pimenta, o PT perdeu seu primeiro ministro no Lula 3. O atual ministro da Secom disse que vai tirar alguns dias de férias a partir desta quinta (9). Só depois desse período, ele se reunirá com o presidente para definir seu futuro no governo.
Pimenta é deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Os outros ministros petistas que, até o momento, permanecem no governo são:
- Fernando Haddad (Fazenda);
- Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais);
- Rui Costa (Casa Civil);
- Anielle Franco (Igualdade Racial);
- Camilo Santana (Educação);
- Cida Gonçalves (Mulheres);
- Macaé Evaristo (Direitos Humanos);
- Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência);
- Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário);
- Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).
Os demais ministro do governo são:
- Sidônio Palmeira (assume a Secretaria de Comunicação Social na próxima semana);
- Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública);
- Carlos Fávaro (Agricultura);
- Simone Tebet (Planejamento e Orçamento);
- Jader Filho (Cidades);
- Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação);
- Juscelino Filho (Comunicações);
- Margareth Menezes (Cultura);
- José Mucio (Defesa);
- Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços);
- Márcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte);
- André Fufuca (Esportes);
- Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos);
- Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos);
- Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional);
- Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima);
- Alexandre Silveira (Minas e Energia);
- André de Paula (Pesca e Aquicultura);
- Sonia Guajajara (Povos Indígenas);
- Carlos Lupi (Previdência Social);
- Mauro Vieira (Relações Exteriores);
- Nísia Trindade (Saúde);
- Luiz Marinho (Trabalho e Emprego);
- Renan filho (Transportes);
- Celso Sabino (Turismo);
- Marcos Antonio Amaro dos Santos (Gabinete de Segurança Institucional);
- Jorge Messias (Advocacia-Geral da União);
- Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União).