Piorou o quadro de saúde de Juliana Leite Rangel, a jovem baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio, na véspera do Natal.
Segundo o mais recente boletim médico, divulgado pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira na noite de terça-feira 7, Juliana “voltou a fazer febre – sinais clínicos e laboratoriais de um novo quadro infeccioso -, necessitando retornar medicação para controle de pressão arterial, retorno de sedação leve e retorno para ventilação mecânica”. O quadro exigiu que o processo de reabilitação fosse interrompido.
No sábado 4, em outro boletim médico, o hospital anunciou que ela tinha apresentado melhora clínica progressiva e que não havia sinais de sequelas permanentes.
A jovem foi atingida por um tiro de fuzil no último dia 24 de dezembro, dentro do carro da família, na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias. A própria PRF, além do Ministério Público (MP), investigam o caso. Os tiros foram disparados por três agentes, que estão suspensos das suas atividades por tempo indeterminado.
Segundo o pai de Juliana, Alexandre Rangel, que foi atingido na mão, não houve motivo para uma abordagem a tiros.
Família pede pensão
Os ferimentos na mão de Rangel, aliás, fizeram com que a família começasse a buscar uma pensão provisória. Eles alegam que o homem teve a capacidade de trabalhar comprometida, já que ele é mecânico autônomo. Segundo a família, houve uma piora na situação financeira, ao passo que a PRF não forneceu nenhum auxílio financeiro.