Milhem Cortaz tem se destacado em Volta por Cima no papel de Osmar, o malandro que roubou o bilhete premiado do cunhado e embolsou todo o dinheiro que não lhe pertencia. O ator defendeu seu personagem. Cortaz declarou que, se estivesse num caso de vida ou morte, como o de Osmar, teria feito o mesmo.
Nos primeiros capítulos da novela das sete da Globo, Osmar estava devendo dinheiro para Baixinho (Rodrigo García), um perigoso contraventor, filho de Violeta (Isabel Teixeira). O criminoso havia ameaçado matar o pilantra.
Ao mesmo tempo, Osmar encontrou o bilhete premiado de Lindomar (MV Bill) e achou que essa era a solução de seus problemas. Sem avisar à irmã e às sobrinhas, ele sacou o dinheiro, pagou Baixinho, salvou sua vida e de quebra ficou rico.
O problema foi quando Madalena (Jéssica Ellen) e Doralice (Tereza Seiblitz) descobriram o golpe. Elas cortaram relações com Osmar e ainda ameaçam denunciá-lo à Justiça.
Neste sábado (8), Milhem Cortaz participou do programa É de Casa, na Globo e falou sobre a questão do roubo de Osmar. Maria Beltrão perguntou se ele achava que seria possível perdoar alguém que tivesse atitude similar à dele.
“Depende do motivo, se fosse por motivo de vida ou morte eu entenderia. O grande problema do Osmar foi não ter perguntado [para a irmã e as sobrinhas se poderia pegar parte da fortuna]. Ele ficou com medo de perguntar, de não liberarem o dinheiro, então ele resolveu fazer antes”, declarou.
O ator ainda ressaltou que não pretendia defender todas as atitudes de Osmar, mas entende o lado dele. “Ele é todo errado, mas ele tem uma ligação muito grande com a familia. Eu defendo nele essa coisa do amor a irmã, à família. Eu acho que eu faria a mesma coisa, por vida ou morte eu faria a mesma coisa“.
Além de Osmar, o ator falou sobre outro personagem seu que caiu na boca do povo: o Capitão Fábio, policial corrupto do filme Tropa de Elite (2007). “O Capitão Fábio até hoje [é lembrado], eu tô na praia e o pessoal lembra. É legal, tenho orgulho. É muito brasileiro, muito próximo da gente, ele fazia a ligação entre o mundo contraventor e o mundo que a gente vive. O jeitinho brasileiro tem um pouquinho da contravenção”, comentou.