O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes determinou, nesta sexta-feira 14, que a Corte deve conduzir a investigação sobre supostos desvios de emendas parlamentares em prefeituras do Ceará.
O decano também mandou a Polícia Federal apresentar em até 15 dias um relatório parcial, listando as provas colhidas e as diligências pendentes.
A apuração começou na Superintendência Regional da PF no Ceará, a partir de uma denúncia da prefeitura de Canindé. A corporação enviou os autos ao STF após aparecerem indícios de participação de um político com foro privilegiado: o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE).
A Procuradoria-Geral da República também se manifestou pela competência do STF no caso, devido ao atual estágio da investigação e ao risco de prejuízo em caso de desmembramento do inquérito.
Um eventual desmembramento faria com que o STF fosse responsável por analisar apenas a situação de pessoas com foro privilegiado, enquanto as demais envolvidas ficariam na primeira instância.
O processo tramita sob segredo de Justiça.