O início do ano costuma ser um período de despesas extras para muitas famílias. Pagamentos como IPTU, IPVA e matrículas escolares pressionam o orçamento.
Para ajudar a equilibrar as contas e planejar investimentos, Max Bianchi Godoy, consultor empresarial e professor do CEUB (Centro de Ensino Universitário de Brasília), compartilha orientações práticas.
Entenda sua situação financeira
Primeiramente, Godoy sugere fazer um diagnóstico completo das finanças. “Liste todas as despesas fixas e variáveis, além dos rendimentos e possíveis dívidas”, diz.
Segundo ele, isso ajuda a identificar onde é possível cortar gastos e quais pagamentos devem ser priorizados.
Priorize contas importantes
Além disso, despesas como IPTU, IPVA e matrículas escolares são inevitáveis. O consultor recomenda pagá-las à vista para aproveitar descontos.
“Caso não seja possível, opte por parcelamentos com os menores juros disponíveis”, orienta. Em seguida, ajuste essas parcelas ao orçamento mensal.
Corte gastos desnecessários
Por outro lado, os primeiros meses do ano exigem atenção redobrada com pequenos gastos. “Reduzir pedidos de delivery e evitar compras por impulso podem gerar economia significativa”, afirma Godoy. Da mesma forma, cancelar assinaturas pouco utilizadas também contribui para o equilíbrio financeiro.
Crie uma reserva de emergência
Outro ponto importante é ter um fundo para imprevistos. “Se você ainda não tem uma reserva, comece separando um percentual da renda mensal”, sugere. O ideal, segundo ele, é guardar o equivalente a três a seis meses de despesas básicas. Aplicações de baixo risco e alta liquidez, como fundos de renda fixa, são as mais indicadas.
Planeje o ano inteiro
Ademais, organizar as finanças com antecedência evita surpresas. “Marque no calendário as datas de pagamentos, como impostos e seguros”, recomenda Godoy. Dessa forma, fica mais fácil gerenciar gastos corriqueiros e previsíveis.
Quite dívidas antes de investir
Antes de tudo, dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial, devem ser quitadas o mais rápido possível. “Os juros dessas dívidas costumam superar os rendimentos da maioria dos investimentos”, ressalta. Por isso, é melhor resolver essas pendências antes de começar a investir.
Comece a investir com estratégia
Por fim, após equilibrar as contas, é hora de pensar no futuro. “Para iniciantes, fundos de renda fixa, Tesouro Direto e CDBs são boas opções”, explica Godoy. No entanto, quem tem maior tolerância ao risco pode diversificar com ações ou fundos de ações. Ainda assim, é importante manter parte da reserva em aplicações de baixo risco, como renda fixa, para garantir liquidez em caso de necessidade.