O Ministério da Saúde afirmou nesta sexta (21) que a ministra Nísia Trindade não se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quinta (20), para conversar sobre uma possível troca do comando da pasta.
A informação havia sido revelada pela Folha de S. Paulo e que foi desmentida, sendo classificada como “fake news” pela pasta. Ainda de acordo com o ministério, Nísia também não comunicou à sua equipe que estaria de saída.
“Trata-se de uma fake news a informação de que a ministra esteve em reunião com o presidente Lula na tarde desta quinta-feira (20) sobre substituição no comando da pasta. As notícias de que a ministra teria convocado reunião com a equipe para comunicar sua saída também são falsas. Não houve qualquer comunicado a respeito do tema”, disse o ministério em nota à Gazeta do Povo.
Ainda segundo a pasta, Nísia Trindade segue cumprindo agenda “cumprindo o compromisso de reestruturar o SUS [Sistema Único de Saúde] e cuidar da saúde da população, com resultados concretos e melhoria sensível de indicadores”.
Segundo se relata nos bastidores, Nísia poderia sair para dar lugar a algum ministro ligado ao centrão, que quer ter mais espaço na Esplanada para manter o apoio a Lula tanto nas votações no Congresso ainda neste ano como na campanha à reeleição em 2026. A pasta tem um dos maiores orçamentos e visibilidade do governo.
Há, ainda, a possibilidade de que o ministério seja assumido por Alexandre Padilha, atual titular da Secretaria de Relações Institucionais, na chamada “Cozinha do Planalto”, por ser um dos ministérios mais próximos de Lula junto da Casa Civil, da Secretaria de Comunicação Social e da Secretaria-Geral da presidência.
Embora o PT seja hegemônico neste setor do governo, há a expectativa de que possa ter mudanças para também abrigar o centrão ou partidos aliados – entre eles o MDB.
Ainda em nota à Gazeta do Povo, o ministério elencou uma série de resultados conquistados por Nísia que a fariam ficar no governo, como a reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro, ações de prevenção à dengue, vacinação, ampliação do Farmácia Popular, implantação do programa Mais Especialistas, entre outros.
