O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou nesta sexta (21) que o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) não será candidato à presidência da República em 2026. Apesar de considerá-lo o nome mais forte para enfrentar uma possível tentativa de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou outro candidato petista, Kassab ressaltou que o governador já manifestou a decisão de não disputar o Palácio do Planalto.
Isso, diz Kassab, levará a direita fragmentada para tentar retornar ao Poder em 2026. Cada partido, afirma, deve lançar seu próprio candidato.
“Ele não será candidato e tem deixado isso claro. Portanto, é uma decisão dele que a gente tem que respeitar”, declarou a jornalistas após reunião na Associação Comercial de São Paulo.
Com a ausência de Tarcísio, Kassab cita candidaturas pulverizadas na direita, como o governador goiano Ronaldo Caiado pelo União Brasil e o mineiro, Romeu Zema, pelo Novo. Já o PSD deve tentar ir à disputa com o governador do Paraná, Ratinho Júnior.
“O partido estará muito bem representado se for ele. Teremos uma dobradinha boa do Tarcísio no Estado e ele, nacionalmente”, acrescentou.
O PSD ainda avalia se seguirá na base de apoio de Lula para 2026 ou se lançará um candidato próprio. Tudo vai depender da reforma ministerial que o presidente está planejando, com a ampliação do centrão na Esplanada dos Ministérios.
No segundo turno, Tarcísio e Lula estão tecnicamente empatados, com 40,8% e 41,1%, respectivamente, dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Os números também indicam queda nas intenções de voto de Lula em relação a pesquisas anteriores. Em janeiro de 2025, o petista tinha 43,4%, contra 40,6% de Tarcísio. Agora, o governador paulista mantém praticamente a mesma pontuação, enquanto o presidente apresentou recuo.
Com o cenário indefinido na centro-direita e sem a candidatura de Tarcísio, a sucessão presidencial de 2026 segue aberta, com possíveis nomes ainda sendo testados para enfrentar o PT.