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    Mesmo sem valorização, samba de bumbo resiste no Carnaval de Santana de Parnaíba – Augusto Diniz

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    Na sexta-feira 28, o centenário Grito da Noite abre oficialmente o Carnaval de Santana de Parnaíba. O som do bloco ecoa pelo centro histórico da cidade da Grande São Paulo, impulsionado pelo toque grave do bumbo – elemento central de uma das tradições culturais mais antigas do Estado.

    Além do Grito da Noite, outros blocos que desfilam até a terça-feira de Carnaval, como Galo Preto, Samba do Pé Vermêio, Bloco Abayomi, Berro da Noite do Sexo Forte, Galo Garnisé e Esquenta do Sambão, têm o samba de bumbo como base de seu repertório.

    “É um movimento de resistência, porque manter uma cultura popular tradicional é sempre muito difícil”, diz João Mário Machado, pesquisador do samba de bumbo.

    “Ainda mais num sistema que não necessariamente valoriza isso. Colocar o bumbo para tocar, sair na rua, é sempre um ato de resistência para poder existir”, complementa.

    O samba de bumbo está presente desde os primórdios do Carnaval de Santana de Parnaíba.

    Tradição e resistência

    Coordenador da Casa de Samba Parnaibano – espaço idealizado por ele e ligado à prefeitura local, que abriga exposições e atividades educacionais sobre o tema –, João Mário também é bumbeiro (tocador de bumbo) do Grito da Noite e auxilia outros blocos a saírem às ruas.

    “O samba de bumbo não se restringe ao Carnaval. As comunidades fazem samba o ano todo, promovem suas festas em diferentes lugares”, explica. “Mas, em Santana de Parnaíba, essa cultura se mantém muito viva durante a folia.”

    Para ele, é essencial cuidar dos mestres da tradição, responsáveis por transmiti-la oralmente.

    “Geralmente, são pessoas pretas e periféricas, que enfrentam inúmeras dificuldades”, ressalta.

    Apesar de sua importância histórica e cultural, o samba de bumbo ainda é pouco explorado no município. Segundo João Mário, é necessário desenvolver políticas públicas para garantir sua preservação.

    Em 2023, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o samba de bumbo paulista como patrimônio cultural imaterial do Brasil. No entanto, a formalização ainda não trouxe mudanças concretas.

    “Agora, aguardamos o Iphan para elaborar o plano de salvaguarda. O registro, por si só, não faz diferença. O essencial é pensar em um plano para preservar a tradição e garantir recursos para sua manutenção”, explica o pesquisador.

    No Carnaval de Santana de Parnaíba, há blocos que chegam a reunir 15 bumbos em seus cortejos. Diferente da escola de samba, em que o surdo faz a marcação, no samba de bumbo é o bumbo maior e grave que assume o papel de solista.

    Além dos bumbos, os blocos contam com diferentes instrumentos percussivos e entoam seus pontos, versos e sambas, criando uma sonoridade única.

    “Preservar a memória do samba de bumbo é garantir sua continuidade e compreensão no futuro”, afirma João Mário.

    “Para os mais velhos, esse movimento transforma, traz dignidade e um lugar de pertencimento.”

    Informações são do site Carta Capital, Clique aqui

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