O presidente Lula (PT) elogiou nesta quarta-feira 12 o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e rejeitou a possibilidade de aplicar mudanças bruscas no governo.
Lula disse que Haddad pode, ao fim da gestão, entrar para a história como o melhor ministro da Fazenda do País. Desde a apresentação do pacote de corte de gastos no fim de 2024, seguida por uma alta no dólar e pela crise gerada por boatos sobre o Pix, o chefe da equipe econômica ficou ainda mais pressionado.
“O Haddad foi o companheiro que organizou a PEC da Transição para que eu pudesse começar a governar este País antes de tomar posse”, afirmou o presidente, em referência à proposta de emenda à Constituição que garantiu um Orçamento razoável em 2023.
As declarações foram proferidas na cerimônia de lançamento de um programa de crédito consignado para trabalhadores do setor privado.
Lula também relembrou sua experiência de governar em dois mandatos anteriores e afirmou que não haverá “cavalo de pau” em sua terceira gestão. “Tem política serena, discutida”, prosseguiu. “Por que vou fazer bravata? Eu tenho compromisso com este País, com a soberania deste País e com o povo brasileiro.”
O presidente ainda mencionou as divergências entre Haddad e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), especialmente em relação à política fiscal. Lula disse que será o “separador dessa briga” quando as desavenças ocorrerem.
Segundo Lula, Haddad “nem sempre é o mais feliz quando pega o microfone”. “Eu falo para o Haddad: você tem que passar um pouco de charme”, aconselhou o presidente. Ele lembrou que sugeria à ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) que não contivesse a emoção em discursos públicos.