O mundo corre o risco de reviver os piores momentos da pandemia da Aids, depois que os Estados Unidos cortaram a ajuda ao exterior, alertou nesta segunda-feira 24 a Unaids, acrescentando que pode haver milhões de mortos.
A diretora da Unaids, Winnie Byanyima, afirmou que se a ajuda dos EUA não for restabelecida, ou se nenhum outro Estado preencher esse vazio, haverá “6,3 milhões de mortes adicionais relacionadas à Aids” nos próximos quatro anos.
“Estamos falando de dez vezes mais”, explicou Byanyima aos jornalistas em Genebra.
“Vamos ver pessoas morrendo como vimos nas décadas de 1990 e 2000”, declarou a alta funcionária.
Os EUA têm sido historicamente o maior doador de ajuda humanitára, mas o presidente Donald Trump impôs cortes à ajuda internacional, gerando preocupação sobre as consequências.
“A longo prazo, veremos a pandemia da Aids ressurgir em escala munidal, não apenas em países de baixa renda da África, mas também em populações da Europa Oriental e da América Latina”, afirmou.
Para Byanyima, existe o risco de perder as conquistas alcançadas nos últimos 25 anos.