O julgamento do ex-policial penal Jorge Guaranho indiciado de matar Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT, foi suspenso na última sexta-feira (26). O caso ganhou repercussão quando Arruda foi baleado por Guaranho durante a própria sarau de natalício de 50 anos que tinha uma vez que tema o Partido dos Trabalhadores (PT). O delito ocorreu em Foz do Iguaçu (PR).
A Justiça acatou o pedido da resguardo de Guaranho que alegou que o julgamento, que será realizado por júri popular, não deveria sobrevir na Comarca de Foz do Iguaçu devido à influência da vítima na região. Sergio Luiz Patitucci, desembargador substituto, acatou a liminar e suspendeu o julgamento que estava marcado para o próximo dia 2.
“Ressalte-se que a vítima era guarda municipal e diretor do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Foz do Iguaçu, sua companheira possui um missão em Itaipu Binacional, e o corpo de jurados é constituído por sete funcionários de Itaipu e 21 funcionários municipais de Foz do Iguaçu, o que pode influenciar na decisão dos jurados”, afirma o documento. A Jornal do Povo já registrou que a defesa de Guaranho quer provar que o crime cometido não teve conotação política.
O juiz substituto Hugo Michelini Júnior discordou do desembargador e afirmou que não há motivos para a mudança de comarca. Segundo Michelini, a ex-companheira não teria influência sobre os colegas da Itaipu Binacional, já que é uma empresa de grande porte.
Agora, a Justiça do Paraná deve explorar o pedido e determinar se manterá a audiência em Foz do Iguaçu ou definir outra comarca para que o julgamento seja realizado.