O X, antigo Twitter, pode ter de volta ao menos dez contas de extremistas bloqueadas por ordem do Supremo Tribunal Federal caso Elon Musk, dono da rede, siga adiante com sua ameaça e descumpra decisões da Corte brasileira.
Ele publicou, no final de semana, diversas ameaças ao Supremo brasileiro e críticas ao ministro Alexandre de Moraes, de quem defendeu uma destituição. Entre as publicações, Musk prometeu reativar todos os perfis derrubados por ordem do tribunal. As contas, em sua maioria, foram bloqueadas após divulgarem notícias falsas ou fazerem ataques à democracia brasileira.
A onda extremista de Musk no final de semana levou Moraes a determinar, na noite de domingo 7, a inclusão do bilionário no Inquérito das Milícia Digitais. O ministro determinou, ainda, uma multa diária de 100 mil reais para cada perfil bloqueado que Musk reativar nas redes.
Abaixo alguns dos inúmeros perfis que podem voltar a ativa caso Musk descumpra as ordens do Supremo:
- Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista dono do Terça Livre;
- Paulo Figueiredo Filho, ex-comentarista da Jovem Pan;
- Luciano Hang, empresário bolsonarista dono da Havan;
- Daniel Silveira, ex-deputado federal cassado por atos antidemocráticos;
- Oswaldo Eustáquio, jornalista foragido na Espanha;
- Roberto Jefferson, ex-deputado preso por atos antidemocráticos;
- Monark, youtuber extremista;
- Winston Lima, ex-militar flagrado em conversas golpistas;
- Rodrigo Constantino, blogueiro acusado de participar das milícias digitais;
- Ludmila Grilo, ex-juíza que atacou o STF nas redes sociais.
Apesar da promessa, oficialmente o X ainda não reativou nenhum perfil derrubada pelo judiciário brasileiro.
No domingo 7, porém, parte dos perfis conseguiu driblar a proibição. É o caso, por exemplo, de Allan do Santos, que apareceu online no final de semana em uma transmissão ao vivo para cerca de 10 mil pessoas. O perfil, no entanto, segue com a exibição de mensagem ‘Conta Restrita por determinação judicial’. Foragido nos EUA, ele tem reiteradamente descumprido as ordens do Supremo Tribunal Federal de se manter afastado das redes sociais.