O Tribunal de Justiça de São Paulo voltou a negar, nesta segunda-feira 8, um pedido para prender o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche que bateu em um carro de aplicativo e causou a morte de Ornaldo da Silva Viana.
A decisão, que está sob sigilo, partiu da 1ª Vara do Júri da Capital. Sem fornecer detalhes, o tribunal informou, por meio de nota, ter imposto medidas cautelares ao empresário no lugar da prisão.
A prisão preventiva de Andrade Filho foi solicitada pela Polícia Civil e recebeu aval do Ministério Público. Os investigadores argumentaram que ele tem “poder aquisitivo elevado”, poderia ameaçar testemunhas, forjar provas a seu favor ou até mesmo fugir do País.
No parecer enviado à Justiça paulista, o MP também defendeu a retenção do passaporte e a suspensão da carteira de motorista.
É a segunda vez que a Justiça nega um pedido de prisão contra Andrade Filho. O primeiro foi rejeitado logo após o indiciamento por lesão corporal e homicídio doloso. Na justificativa, a magistrada sustentou que a polícia não apresentou os requisitos legais necessários para a medida.
O acidente aconteceu em 31 de março. O empresário, de 24 anos, pilotava um Porsche em alta velocidade. Testemunhas contaram que ele fez uma ultrapassagem, perdeu o controle e colidiu com a traseira de um Sandero.
No veículo estava o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Ele foi socorrido com um quadro de parada cardiorrespiratória e encaminhado ao Hospital Tatuapé, mas morreu em decorrência de uma “traumatismos múltiplos”.