O centrista Simon Harris se tornou, aos 37 anos, o primeiro-ministro da Irlanda mais jovem da história, ao ser eleito nesta terça-feira (9) em Dublin pelo Parlamento, após a renúncia de Leo Varadkar.
“Quero trazer novas ideias, nova energia e nova empatia à vida pública”, disse após sua eleição Harris, do partido de centro Fine Gael, ao qual Varadkar também pertence.
O novo primeiro-ministro, que foi eleito com 88 votos a favor e 69 contra, sucede Varadkar, que renunciou devido a razões “pessoais e políticas, sem acrescentar mais detalhes, no governo de coalizão centrista.
A renúncia foi anunciada depois da derrota no referendo proposto pelo governo para modificar as referências à mulher e à família na Constituição.
O jovem líder do Fine Gael chega ao posto do chefe de Governo a menos de um ano das eleições legislativas irlandesas, que devem acontecer antes de 22 de março de 2025.
“Agora é um bom momento para construir um novo contrato social, criando igualdade de oportunidades, apoiando que mais precisa do Estado, protegendo nosso sucesso econômico e utilizando seus lucros para oferecer resultados tangíveis à sociedade”, disse Harris em seu discurso após ser eleito.
O Fine Gael governa em coalizão com o Fianna Fail, também de centro-direita, e o Partido Verde.
Fianna Fail, Fine Gael e Partido Verde foram segundo, terceiro e quarto colocados, respectivamente, nas eleições de 2020, vencidas pelo Sinn Fein, partido nacionalista de esquerda, que lidera as pesquisas para as próximas eleições.
Simon Harris, que era ministro do Ensino Superior no antigo gabinete, se torna o mais jovem “taoiseach” (palavra no idioma gaélico para denominar um chefe ou líder) da história da Irlanda.
Seu antecessor no cargo, Leo Varadkar, tinha até agora essa honra, por chegar ao posto de primeiro-ministro em 2017, com 38 anos.
Harris, neste ano que resta antes das eleições, tentará ganhar votos para seu partido, que se encontra em terceiro lugar nas pesquisas.
O novo primeiro-ministro alertou que a unificação da Irlanda, tema recorrente após a vitória do Sinn Fein na Irlanda do Norte, não será sua “prioridade”, embora, segundo suas palavras, seja uma “aspiração política legítima”.