Não há um único lugar no mundo democrático em que a sociedade se mantenha sem arrecadação de impostos para garantir a prestação de serviços públicos. Os problemas costumam aparecer quando as despesas ficam maiores que as receitas. O orçamento público ideal, assim como acontece dentro das nossas casas, é aquele em que entra mais dinheiro do que sai, e o que sobra pode ir para uma poupança ou ser investido em alguma necessidade ou vontade coletiva da família.
No entanto, por um imprevisto qualquer, despesas inesperadas podem aparecer e toda a família precisará se virar para resolver o problema. Nesse momento, se alguém decide extrapolar e gastar ainda mais, a dívida familiar aumentará e a renda ficará ainda mais comprometida. Dentro dessa situação hipotética, a conclusão é óbvia: a responsabilidade pela saúde financeira da família sempre será coletiva.
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