Na manhã desta sexta-feira (12), ao ser questionado por jornalistas sobre as declarações recentes do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), o ministro-chefe da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que não “desceria ao nível” de Lira.
Na quinta-feira (11), Lira disse que Padilha é um “desafeto pessoal”, o chamou de “incompetente” e o acusou de “plantar mentiras” na imprensa.
“Sobre competência, eu deixo as palavras do presidente Lula (PT) que no dia de ontem já falou sobre isso. Sobre o resto das palavras, sinceramente, eu não vou descer a esse nível. Eu sou filho de uma alagoana ‘arretada’ que sempre disse: meu filho, se um não quer, dois não brigam. Eu aprendi a fazer política com o presidente Lula, política com civilidade. Vejo a relação do Executivo com o Congresso como uma dupla de sucesso que nós fizemos no ano passado e queremos repetir esse sucesso. Não tenho qualquer tipo de rancor”, afirmou Padilha.
A declaração de Lira sobre Padilha se deu como resposta a jornalistas que questionaram se a votação que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) enfraquecia sua liderança na Casa.
O presidente da Câmara negou os rumores de que teria articulado para soltar Brazão e acusou Padilha de “plantar mentiras” na imprensa. O deputado do Rio é apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes.
“Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei bem claro que ontem a votação foi de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver”, afirmou Lira.
Na entrevista desta sexta, Padilha disse que o único ato público sobre a votação da Câmara foi “afirmar que o governo defendia a manutenção da prisão do parlamentar”.
Após as declarações de Lira, Padilha publicou em suas redes sociais um vídeo em que o presidente Lula elogia a sua atuação no governo.