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    O que esperar do futuro dos grandes festivais de música, segundo especialista – Augusto Diniz

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    É inegável a proporção que ganhou no Brasil a agenda de festivais de música, como Rock in Rio, Lollapalooza, Coala e Tomorrowland, principalmente nos grandes centros urbanos.

    Havia dúvidas sobre qual seria o comportamento do público depois da pandemia de Covid-19 diante desses megaeventos, mas eles se firmaram e atraíram multidões.

    “Depois da pandemia, o entretenimento ao vivo ganhou força e protagonismo para novas gerações, que preferem investir tempo e dinheiro para vivenciar experiências em vez de comprar bens materiais”, avalia Marcelo Flores, professor na ESPM em cursos de gestão de megaeventos, com mais de 30 anos de experiência em grandes produções nacionais e internacionais.

    “Isso tem levado a um crescimento ano a ano de público e a novas receitas para os festivais, que tem o desafio de organizar seus eventos com inovação, grandes atrações e atividades únicas, equalizadas com um bom custo versus benefício.”

    Ele avalia que os festivais são “geradores de momentos de experiência que permitem ao público construir memórias afetivas”.  Flores ainda vê espaço para crescimento desses megaeventos, mas com cautela, não apenas devido à concorrência, mas à disponibilidade de locais, ao perfil de público e ao modelo do negócio.

    Outra faceta dos grandes festivais, segundo Marcelo Flores, é a oportunidade de promover artistas. “A programação, que geralmente leva de 10 a 20 artistas por dia, inclui nomes que estão em fase de lançamento até chegar ao headliner, que geralmente é o responsável pelo sucesso do megaevento.”

    “De dois a três headliners são considerados por dia, e eles se tornam os holofotes. Por esse motivo, muitos artistas novos querem aproveitar a força do festival e dos headliners do dia para se conectar com mais pessoas e construir sua relevância na música”, explica.

    Essa junção é vista pelo estudioso como uma “vantagem financeira (para os organizadores), pois tem nomes bons com custo baixo, enquanto concentram o maior recurso nos nomes principais”.

    O professor destaca ainda que os megafestivais funcionam atualmente como um “hub de conexões que atraem multidões e transformam a sociedade de tempos em tempos”.



    Informações Carta Capital

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