O Recomendação de Gestão da Petrobras se reúne, nesta quinta-feira 25, na Reunião Universal dos Acionistas, para determinar sobre a proposta de redistribuição de 50% dos dividendos extraordinários. Uma votação realizada em março reteve a distribuição dessa parcela do lucro da empresa, que excede o mínimo obrigatório, repartida entre os acionistas.
Conforme o regimento da companhia, a Petrobras não tem obrigação de redistribuir os dividendos extraordinários.
A votação, no entanto, causou polêmica entre acionista, mercado financeiro e governo federalista. À idade, as ações da Petrobras despencaram 10% na bolsa de valores brasileira em um único dia.
A intenção do governo era de gerar um caixa de contingência e passar para o mercado uma imagem de robustez, que ajudaria na procura de financiamento para investimentos.
O mercado, porém, interpretou o represamento dos pagamentos uma vez que uma menor atratividade para acionistas, o que fez as ações despencarem naquela ocasião.
Uma novidade reunião do Recomendação de Gestão, realizada na última sexta-feira 19, pontuou que a capacidade de financiamento de projetos da empresa subiu de 65% para 85%, o que permitiria a redistribuição dos dividendos extraordinários sem prejudicar a sustentabilidade financeira da Petrobras. A termo final será dada nesta quinta-feira.
Nessa mesma Reunião de Acionistas serão também definidos os novos integrantes do Recomendação da estatal. Em março, a União, principal acionista da estatal, anunciou o nome de oito indicados pelo governo ao Recomendação de Gestão. A votação das indicações será feita na reunião desta quinta.
Os nomes indicados pelo governo são:
- Pietro Abramo Sampaio Mendes, presidente do Recomendação de Gestão;
- Jean Paul Prates, presidente da empresa;
- Benjamin Alves Rabello Fruto;
- Rafael Dubeux, atual secretário-executivo junto do Ministério da Quinta;
- Bruno Moretti;
- Ivanyra Maura de Medeiros;
- Renato Campos Galuppo;
- Vitor Saback.