Moradores que já tinham voltado para as suas casas precisaram novamente ser resgatados no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, com o aumento das chuvas durante a madrugada, algumas regiões voltaram a alagar.

“Foi questão de menos de um minuto e alagou tudo”, desabafa a técnica de informática Rosangela Ferreira, em entrevista ao SBT Brasil.

As aulas nas redes pública e privada foram suspensas nesta sexta-feira (24).

A história se repetiu no bairro Menino Deus, bem mais rápido que no início do mês. Bastaram poucas horas e as ruas voltaram a ficar completamente alagadas, e por orientação da prefeitura, quem havia retornado foi orientado a deixar os entulhos na rua. Porém, todo o lixo que fica se mistura com a água e ajuda a entupir os bueiros.

“Do nada começou a subir. Não sei qual foi o motivo. A chuva não foi tão forte quanto as outras. A água já tinha baixado”, diz o gestor de condomínios, Antonio Silva.

O hospital Mãe de Deus, um dos maiores da capital, também voltou a ficar alagado enquanto a administração tentava retomar as atividades.

A família de Giselda da Cunha foi resgatada pelo exército pela segunda vez em duas semanas. “Dois resgates em duas semanas, nós ficamos duas semanas fora e agora estamos sendo resgatados de novo. E a culpa é de quem? De quem será a culpa?”, desabafa.

Cinco comportas vão voltar a ser fechadas porque o nível do Guaíba pode subir meio metro. Desde o início das inundações, 19 das 23 bombas de escoamento ficaram sem funcionar. Dez delas foram religadas depois da contratação de empresas terceirizadas.