mais
    spot_imgspot_img
    spot_imgspot_img
    HomePolíticaPeru inicia julgamento de Keiko Fujimori pelo caso Odebrecht – Mundo –...

    Peru inicia julgamento de Keiko Fujimori pelo caso Odebrecht – Mundo – CartaCapital

    PUBLICAÇÃO

    spot_imgspot_img
    spot_imgspot_img
    spot_imgspot_img
    spot_imgspot_img
    - Publicidade -

    A ex-candidata à presidência do Peru Keiko Fujimori sentou-se no banco dos réus nesta segunda-feira (1º), na abertura do seu julgamento por lavagem de dinheiro ligado ao escândalo da Odebrecht.

    Nos últimos seis anos, a equipe especial de procuradores da Lava Jato investigou a filha do ex-presidente Alberto Fujimori, indultado em dezembro passado, quando cumpria pena por violações dos direitos humanos.

    “Declaro instalado o julgamento”, anunciou a juíza Juana Caballero, presidente do tribunal, após mais de seis horas de audiência, onde foram negados pedidos de anulação do processo. O julgamento prosseguirá amanhã, com os argumentos da promotoria.

    A primeira audiência contou com a presença de Keiko na sala. “Trabalho como presidente do partido Força Popular e ganho 14.000 soles por mês (R$ 19.600)”, disse a influente política.

    O julgamento, que inclui a convocação de cerca de 1.500 testemunhas, poderá levar mais de um ano. O promotor do caso, José Domingo Pérez, compareceu à audiência com colete à prova de balas e sob forte escolta.

    A promotoria peruana concluiu que Fujimori financiou suas campanhas de 2011 e 2016 com dinheiro da Odebrecht não declarado.

    Segundo a acusação, a empreiteira brasileira entregou 1,2 milhão de dólares (R$ 6,7 milhões) a Fujimori como parte do esquema de subornos montado em toda a América Latina em troca de contratos.

    Nos arredores do tribunal, cerca de 80 simpatizantes se reuniram gritando “justiça sim, vingança não! Keiko é inocente”.

    “Viemos defender a inocência de nossa líder, Keiko Fujimori, este julgamento carece de seriedade”, disse à AFP Sadith López, de 57 anos.

    A polícia interveio para evitar confrontos com um pequeno grupo de opositores da líder.

    O escândalo de corrupção da Odebrecht no Peru também atingiu quatro ex-presidentes do país, entre os anos de 2001 e 2016.

    ‘Intenção política’

    Líder do Força Popular, principal partido peruano de direita, Keiko Fujimori, 49, sempre proclamou sua inocência. Durante as investigações, ela cumpriu 16 meses de prisão preventiva.

    Keiko Fujimori é acusada de lavagem de dinheiro, crime organizado, obstrução da Justiça, falsidade e declaração falsa em processo administrativo. Embora na época fossem permitidas contribuições de empresas estrangeiras para as campanhas, ela foi processada por não ter declarado a entrada de dinheiro da Odebrecht.

    O Ministério Público pede 30 anos e 10 meses de prisão para Keiko, que se candidatou três vezes à presidência peruana. “A atitude dos procuradores teve intenção política, para afetar a minha imagem, porque pediram que o partido Força Popular fosse suspenso”, acusou Keiko ontem, em entrevista ao canal N.

    No mesmo processo, há outros 45 acusados, incluindo o ítalo-americano Mark Vito Villanella, ex-marido de Keiko, e ex-líderes do partido fujimorista. Se for considerada culpada e o julgamento terminar antes de 2026, Keiko Fujimori não poderá disputar as eleições nesse ano.

    “Este caso não tem futuro jurídico, terminará em absolvição”, afirmou Giulliana Loza, advogada de Keiko. A defesa alega que o dinheiro pelo qual pretendem puni-la é de origem lícita, ressaltou Giulliana.

    Ex-presidentes investigados

    Ex-executivos da Odebrecht disseram ter distribuído milhões de dólares a políticos peruanos, incluindo Fujimori e quatro ex-presidentes: Pedro Pablo Kuczynski (2018-2016), Ollanta Humala (2011-2016), Alan García (1985-1990 e 2006-2011) e Alejandro Toledo (2001-2006).

    Quando seria detido como parte das investigações, o ex-presidente García cometeu suicídio com uma arma de fogo.

    Com instituições fracas e partidos políticos em crise, o Peru é o país mais atingido pelo caso Odebrecht, depois do Brasil. A Justiça peruana processa, paralelamente, os ex-presidentes Humala e Toledo.

    Em 2020, o promotor do caso havia solicitado que o Força Popular fosse banido como partido político, alegando que se tratava de uma organização criminosa. A Justiça negou o pedido, o que permitiu ao partido disputar as últimas eleições gerais, em 2021, e conquistar 24 cadeiras no Congresso, de um total de 130.

    O fujimorismo é a principal força do Congresso, que controla com outros grupos de direita. O partido de Keiko Fujimori se opôs aos apelos da oposição pelo impeachment da presidente Dina Boluarte.



    Informações são do site Carta Capital, Clique aqui

    MAIS RECENTES

    PF faz operação contra grupo suspeito de alterar cartão de vacinação de Bolsonaro

    Apuração em andamentoEste conteúdo é sobre um fato que ainda está sendo apurado...

    Lula recria comissão que investiga mortes e desaparecimentos da ditadura

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reativou nesta quinta (4) os...

    Regulamentação da reforma tributária será votada a partir da próxima quarta-feira, diz Lira – Economia – CartaCapital

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a regulamentação da reforma...

    Mais Notícias

    PF faz operação contra grupo suspeito de alterar cartão de vacinação de Bolsonaro

    Apuração em andamentoEste conteúdo é sobre um fato que ainda está sendo apurado...

    Lula recria comissão que investiga mortes e desaparecimentos da ditadura

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reativou nesta quinta (4) os...