Ao falar sobre as estratégias da oposição para 2026, o senador e presidente do Partido Progressistas (PP),Ciro Nogueira (PP-PI) disse que, inicialmente, a expectativa é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro consiga reverter a inelegibilidade para concorrer ao pleito, mas que na eventualidade de não conseguir, existem nomes com viabilidade para substituí-lo.
Mesmo reconhecendo o potencial eleitoral de nomes como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), o senador disse que gostaria de votar “em um Bolsonaro”, em 2026.
“Eu gostaria de votar em um Bolsonaro. Não sei se é possível. Jair é o meu candidato, mas, se não, minha preferência está na família Bolsonaro […] Eu tenho uma aproximação maior com Flávio, tenho uma lealdade, mas tenho um respeito enorme pelo Eduardo. Seriam dois grandes candidatos”, disse Nogueira ao jornal Metrópoles, nesta sexta-feira (21).
De acordo com Nogueira, no caso de Bolsonaro decidir apoiar Tarcísio ou Ratinho Junior, é preciso resolver a questão ainda este ano por conta dos prazos, já que o escolhido teria que renunciar ao cargo de governador em abril de 2026.
“Eu acho que, se o presidente for apoiar o Tarcísio, o Ratinho, tem que decidir este ano. Porque eles têm que renunciar os seus mandatos lá em abril do próximo ano. Agora, no cenário em que o ex-presidente decida se manter na disputa até onde conseguir, e depois acabar sendo barrado ou desistir, deve optar por um dos seus filhos”, declarou Nogueira.
“Se ele for insistir até o final, é porque ele vai colocar, vai lutar para ter o direito de ser candidato, e se não for, vai ser um dos seus filhos o candidato, o Flávio ou o Eduardo”, concluiu.
Flávio admite viabilidade de outros nomes, mas considera um “desrespeito” falar em alternativa a Bolsonaro
Ao falar sobre o tema, na quinta-feira (20), em entrevista concedida ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que considera um “desrespeito” falar em candidatura alternativa ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas revelou que líderes partidários têm conversado com ele e com outros nomes da direita para o caso de o ex-presidente não conseguir reverter a inelegibilidade.
De acordo com Flávio, filho mais velho de Bolsonaro, o ex-presidente poderá adotar a estratégia do presidente Lula (PT), que ainda quando estava inelegível, em 2018, registrou a candidatura, e só após a Justiça eleitoral negar o pedido, foi substituído pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a disputa.
“Há diversos nomes que têm viabilidade política de concorrer. Bolsonaro tem a humildade de, lá na frente for necessário, apoiar qualquer um desses que tenha maior potencial […] (Presidentes de partidos) Falam para mim, para Tarcísio, falam para Michelle, falam para Ratinho, falam para Romeu Zema (governador de Minas), falam para Ronaldo Caiado (governador de Goiás, falam para todo mundo: ‘Olha, mantenha a linha que pode ser que seja você’”, disse o senador.