O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes assinou nesta quarta-feira (22), sua filiação ao PSDB. Ciro deixa o PDT, partido ao qual esteve filiado por uma década. A filiação contou com cerimônia oficial, que ocorreu em Fortaleza (CE).
O evento teve discurso do ex-governador e ex-presidente da sigla, Tasso Jereissati. Tasso atribuiu a Ciro a missão de reestruturar o PSDB, que saiu debilitado das últimas eleições. Além disso, anunciou que o mais novo filiado será presidente estadual do partido no Ceará. O plano, segundo o discurso, é que Ciro saia candidato a governador do estado em 2026.
Ciro, por sua vez, agradeceu pela oportunidade, de acordo com ele, de “recomeçar a vida pública” no partido. Enquanto membro do partido, em 1990, Ciro Gomes ganhou as eleições para governador do Ceará.
O discurso do ex-pedetista também foi marcado por críticas ao ministro da Educação, Camilo Santana. Camilo foi eleito como senador pelo estado do Ceará, mas se afastou para exercer o cargo na Esplanada. Ciro apontou ligações da família de Camilo com cargos estratégicos em nível federal e estadual. Ele destacou que, embora Camilo seja do PT, seu pai, Eudoro Santana, é presidente estadual do PSB no Ceará. O ex-governador diz que essa prática ocorre “para dominar tudo”.
Deputado do PL participou da filiação
O PDT do Ceará decidiu integrar a base do governador do estado, Elmano de Freitas (PT), aliança que Ciro rechaça. Caso seja confirmada a candidatura ao governo do Ceará, a disputa será justamente entre Ciro Gomes e Elmano de Freitas.
Outro a participar da cerimônia foi o deputado federal André Fernandes (PL-CE). O parlamentar busca uma frente contra o PT no estado, e elogiou a escolha da data: “nada mais simbólico do que ser no dia 22. Isso diz muito.” Ao lado de André Fernandes estava seu pai, o deputado estadual Alcides Fernandes (PL). Alcides pretende concorrer ao Senado nas próximas eleições.









