O Mamaço, realizado na tarde desta terça-feira, 5/08, no Engenho Central, para celebrar a 9ª Semana Municipal de Aleitamento Materno, teve um anúncio bastante celebrado pelo Comitê Municipal de Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável: o Centro Cívico, endereço da Prefeitura, vai ter, em breve, uma sala de apoio à amamentação – espaço para as servidoras tirarem e armazenarem o leite que será posteriormente dado a seus filhos.
O anúncio, feito pelo vice-prefeito e secretário de Saúde, Dr. Sergio Pacheco, é um exemplo prático do slogan proposto pela Aliança Mundial para a Ação em Aleitamento Materno: “Priorizemos a amamentação: construindo sistemas de apoio sustentáveis”.
“A função da sala é ser apoio para que as trabalhadoras mantenham a amamentação, mesmo após o retorno ao trabalho. Esse é um sistema de apoio sustentável”, destaca a enfermeira Denise Fornazari, que com a nutricionista Ana Paula Vioto, é responsável pelo Programa de Aleitamento. Elas são as idealizadoras do espaço.
Aproximadamente 250 mães participaram do evento que teve brincadeiras, atividade física, música e, claro, muito estímulo à amamentação.
O secretário também apresentou números locais que mostram que nas regiões de atuação do Programa de Saúde da Família, o índice de amamentação exclusiva com leite materno até os 6 meses é de 56,7%, números mais altos que os registrados no Estado de São Paulo e no Brasil.
E ainda destacou três dimensões da amamentação: a saúde, o vínculo e a coragem. “Como médico, posso afirmar sem sombra de dúvida: não existe tecnologia, fórmula ou processo industrial que supere a perfeição do leite materno. Ele é a primeira e mais importante vacina que um bebê recebe. É um alimento vivo, inteligente, que se adapta às necessidades da criança a cada mamada, oferecendo os nutrientes exatos e uma barreira de proteção contra inúmeras doenças”, destacou, informando em seguida que também há benefícios para a mãe.
Para o secretário, o Mamaço é um manifesto, “uma forma de dizer em alto e bom som: amamentar em público não é um ato de exposição, é um ato de alimentação. É um direito da mãe e uma necessidade do bebê.”
AMAMENTAÇÃO NA PRÁTICA – Do Mamaço participaram mães como Thainá Oliveira, de 24 anos, que amamentava Isabela, de 4 meses, sua quarta filha. Para ela, que recebeu orientações durante a gestação, o processo foi tranquilo.
Aline Gamboni, líder da Pastoral da Criança, passou por alguns momentos de tensão para amamentar a filha Jordana, de 6 meses. “Sempre incentivei a amamentação e quando foi a minha vez de amamentar, enfrentei algumas dificuldades”, relata. Com paciência, insistência e ajuda profissional, Aline conseguiu alimentar a filha. “É um período de aprendizado para a mãe e para a criança”, define.
Tania Cristina da Silva, de 37 anos, também amamentou os 4 filhos. O mais novo, Anthony, tem 9 meses. “Com o mais novo sofri bastante. Fiz simpatia, costumes dos mais antigos, mas as agentes de saúde que me orientaram e depois de sofrer um pouco, consegui amamentar este filho também”, relatou.
O evento teve participação do provedor da Santa Casa de Piracicaba, João Orlando Pavão; do presidente do HFC Saúde, José Coral, representantes da Unimed, além da Pastoral da Criança, Lions Clube Piracicaba Independência, Afrop e Rotary Clube de Piracicaba e dos parceiros CdVac Vacinas, Papelaria de Mãe, Juliana Sesso, O2 Centro Hiperbárico, Jóia e Afeto, Mães Parteiras, Emilie Fotografia, Artesãs do Amor e Anime Eventos.
