A Prefeitura de Limeira realizou, nesta sexta-feira (3), no Paço Municipal (Edifício Prada), uma coletiva de imprensa para detalhar as ações de fiscalização diante do aumento dos casos de intoxicação por metanol – um deles confirmado no município. O prefeito Murilo Félix anunciou medidas mais rigorosas e reforçou a atuação integrada de diferentes setores da administração.
“Seremos implacáveis frente a essa grave situação de saúde pública. Estabelecimentos que venderem bebidas adulteradas, sem lacre ou rótulo, perderão o alvará”, afirmou o prefeito. Ele destacou que o Grupo Integrado de Ações Fiscalizatórias (Giaf) – formado pela Guarda Civil Municipal (GCM), Secretaria de Fazenda e Vigilância Sanitária – ampliou sua atuação e agora conta com apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira. Antes voltado principalmente a ocorrências de perturbação de sossego, o grupo agora intensifica as inspeções em estabelecimentos de venda de bebidas.
Somente na quinta-feira (2), 11 locais foram vistoriados, resultando na apreensão de bebidas sem nota fiscal e em uma suspeita de falsificação. Entre os pontos fiscalizados esteve uma adega no Jardim Graminha, de propriedade do homem de 30 anos internado na Santa Casa após intoxicação por metanol. No local, 17 garrafas foram recolhidas. A investigação é conduzida pela Polícia Civil.
O secretário interino de Saúde, Alexandre Ferrari, atualizou o quadro clínico do paciente, que apresentou melhora, mas permanece internado com sequelas neurológicas, incluindo perda da fala e problemas de visão.
Ferrari também informou sobre um segundo caso suspeito de intoxicação exógena, em que o paciente também foi internado na Santa Casa. Ele ressaltou que as redes pública e privada de Limeira estão preparadas para atender pacientes com suspeita de intoxicação e reforçou que qualquer bebida sem certificado de origem será apreendida e descartada.
O delegado titular da DIG, Leonardo Burger, afirmou que as investigações apontam que o produto consumido pelo primeiro paciente foi adquirido em São Paulo e destacou que a Polícia Civil em todo o estado está empenhada em identificar a origem da falsificação.
Denúncias
Murilo Félix pediu apoio da população para denúncias, que podem ser feitas à GCM (153), à Vigilância Sanitária (3720-2520) ou pela assistente virtual Lia, disponível no WhatsApp (19) 98416-0156. “Estamos em estado de alerta. A tolerância é zero com a adulteração de bebidas”, reforçou.
