mais
    HomePolítica 1Mais de 350 presos do 8 de janeiro estão exilados na Argentina

    Mais de 350 presos do 8 de janeiro estão exilados na Argentina

    PUBLICAÇÃO

    spot_img
    spot_img

    “Deus, pátria, família e liberdade! Deus, pátria, família e liberdade!”. Esse é o grito que cerca de 40 exilados políticos fizeram na tarde desta sexta-feira (6) dentro e fora do The Libertad Palace, centro cultural localizado em Buenos Aires, na Argentina. O grupo representa mais de 350 presos do 8/1 que fugiram para o país governado por Javier Milei a fim de denunciar ilegalidades nos processos relacionados ao 8 de janeiro e solicitar refúgio político.

    Em um vídeo que circula nas redes sociais, os exilados vestem camisetas brancas com a escrita “Liberdade para os Presos Políticos do 8 de janeiro” e convocam a população do Brasil para participar da manifestação marcada para este sábado, 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Na Argentina, o protesto deve acontecer nos arredores do Obelisco, monumento localizado no Centro de Buenos Aires.  

    As imagens dos exilados foram gravadas durante o congresso conservador Rio de La Plata 2024, que ocorreu na capital argentina dias 5 e 6 de setembro com a presença do presidente Milei. O evento contou com representantes de 15 países e foi organizado pelo Fórum Madrid — que se intitula uma aliança internacional de líderes, entidades e partidos que defendem a liberdade, democracia e o Estado de Direito.

    Entre os participantes convidados estava a advogada brasileira Tanielli Telles, que relatou histórias dos presos do 8 de janeiro durante um dos painéis internacionais do encontro. Desde janeiro de 2023, ela atende mais de 100 presos relacionados ao 8/1 e informou que centenas de pessoas estavam exiladas na Argentina.

    “Nesse momento, nós levantamos com as camisetas iguais e começamos a gritar ‘Deus, pátria, família e liberdade’. Foi um momento emocionante, e muitos começaram a chorar”, relata Daniel Bressan, um dos exilados que participou do congresso. Daniel foi incriminado após um laudo comparativo de imagens emitido pela Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal (Ditec) e pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) mostrar semelhança entre a sua orelha e a de um homem que estava dentro do Palácio do Planalto no 8/1.

    Exilados revelam extrema dificuldade financeira

    Durante o evento, ele e os demais exilados conversaram com advogados brasileiros que participavam do congresso e relataram dificuldades que têm enfrentado. “Me informaram que, contando com os familiares dos presos políticos, há quase 500 exilados aqui na Argentina”, disse a advogada Marta Padovani, que estava no evento, em entrevista à Gazeta do Povo. “E muitos deles estão passando necessidade extrema, inclusive de comida”, alertou.

    Segundo ela, os relatos mostram uma situação “devastadora”, pois adultos, idosos e crianças estão privados de direitos básicos e da dignidade de uma vida normal. “Entre as histórias mais tocantes que ouvi está a da Emely, uma criança que expressa o desejo de ‘voltar para o seu mundo’, resumindo a saudade e o desespero”, disse, ao citar outros relatos.

    “Muitos refugiados têm sobrevivido com uma dieta precária de banana e arroz por mais de 20 dias, o que tem levado alguns a se sentirem fisicamente fracos”, informou. Além disso, a advogada relata que diversos exilados estão acomodados em colchões amontoados, e que alguns “foram abandonados por seus entes queridos, que temem represálias”.

    Como é o processo para conseguir asilo político na Argentina

    De acordo com o empresário exilado Gilberto Ackermann, ao chegarem na Argentina, os presos do 8 de janeiro se dirigem à Delegacia da Imigração e dão início ao processo documental para solicitar asilo político.

    “É marcada a entrevista, que pode ocorrer em dois meses ou mais, e a pessoa já sai da delegacia com a Precária, que é um documento de refúgio provisório”, explica.

    Com isso, os exilados podem estudar, trabalhar de forma remunerada. abrir conta em banco e ter acesso aos serviços públicos de saúde. Ao mesmo tempo, alguns também solicitam o Documento Nacional de Identificação (DNI), que possibilita tirar carteira de habilitação argentina e até abrir uma empresa no país.

    “Mas não é o caminho que a maioria tem seguido porque o DNI não protege a pessoa de ser presa ou deportada, então cerca de 80% dos exilados estão aguardando o refúgio concedido formalmente, e logo conseguiremos”, finaliza.

    *Fotos: Marta Padovani / Arquivo pessoal

    As informações são do site Gazeta do povo, Clique aqui

    spot_img
    spot_imgspot_img
    spot_imgspot_img
    spot_imgspot_img

    MAIS RECENTES

    Cantata de Natal no Edifício Prada é adiada para quinta-feira (18) devido à previsão de chuvas fortes em Limeira

    A Cantata de Natal “Natal pela Paz”, prevista para na noite deste sábado (13),...

    Everton Ferreira reforça compromisso da Câmara Municipal de Limeira com a transparência

    Reconhecida nacionalmente nos últimos anos por suas boas práticas de abertura de dados e...

    Aprovado projeto que aplica sanções aos proprietários de veículos que descartam lixo de forma irregular

    Na noite desta quinta-feira, 11 de dezembro, a Câmara Municipal aprovou, por meio do...

    Cantata de Natal nas janelas do Edifício Prada emociona público em Limeira

    O Edifício Prada recebeu, nesta sexta-feira (12), a primeira noite da Cantata de Natal....

    Mais Notícias

    Cantata de Natal no Edifício Prada é adiada para quinta-feira (18) devido à previsão de chuvas fortes em Limeira

    A Cantata de Natal “Natal pela Paz”, prevista para na noite deste sábado (13),...

    Everton Ferreira reforça compromisso da Câmara Municipal de Limeira com a transparência

    Reconhecida nacionalmente nos últimos anos por suas boas práticas de abertura de dados e...

    Aprovado projeto que aplica sanções aos proprietários de veículos que descartam lixo de forma irregular

    Na noite desta quinta-feira, 11 de dezembro, a Câmara Municipal aprovou, por meio do...