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    Congresso não tem de aderir ao Executivo

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    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou
    neste sábado (27) a enunciação do ministro da Herdade, Fernando Haddad, em que
    cobrou reverência do Legislativo à Lei de Responsabilidade Fiscal. Haddad
    justificava a iniciativa do governo de acionar o Supremo Tribunal Federalista (STF)
    para suspender a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 17
    setores da economia e prefeituras, aprovada no Congresso e apoiada por Pacheco.

    “Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra muito
    dissemelhante é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre
    o desenvolvimento do Brasil. Até porque o progresso se assenta na geração de
    riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, e não na oneração do
    empresariado, da produção e da mão de obra”, rebateu o presidente do Senado, em
    nota.

    Em entrevista à Folha de S.Paulo, Haddad apontou um desequilíbrio
    no controle das contas públicas. “É que o Executivo tem que respeitar a Lei
    de Responsabilidade Fiscal. E o Parlamento, não. É por isso que nós recorremos
    agora ao STF. É preciso manifestar que o Congresso também tem que respeitar a mesma
    lei. E que atos que não a respeitem precisam ser suspensos”, disse o ministro
    da Herdade.

    Na nota em resposta a Haddad, Pacheco também defendeu o
    trabalho do Congresso nos últimos anos nas contas públicas, inclusive com a aprovação
    do teto fiscal – política aprovada no governo de Michel Temer e derrubada pelo
    governo Lula com o novo busto fiscal, desconceituado pela maior secção dos
    analistas econômicos mais respeitados e do mercado.

    “Sob o prisma da despesa, não nos esqueçamos que teto de
    gastos, reforma da Previdência e modernização de marcos legislativos, uma vez que o do
    saneamento capital, são obras do Congresso. Sem narrar a taxa de 2023 que
    cumprimos em obséquio de uma arrecadação recorde do estado brasiliano. Portanto, a
    reprimenda do ministro Haddad, por quem tenho reverência, é desnecessária, para
    não manifestar injusta com o Congresso”, diz ainda a nota de Pacheco.

    Na última quinta (25), o ministro Cristiano Zanin,
    ex-advogado de Lula, atendeu a um pedido de liminar do governo e suspendeu a desoneração.
    Pacheco já anunciou que irá recorrer e discutir uma reação política,
    possivelmente para frear o poder do STF, em privativo em decisões monocráticas. A
    decisão de Zanin foi submetida a julgamento na sexta, no plenário virtual – em que
    os demais ministros votam de forma remota – mas quando havia cinco votos para
    manter a decisão, Luiz Fux pediu vista e suspendeu a estudo conjunta da ação.
    A desoneração, com isso, segue suspensa por tempo indeterminado.



    As informações são do site Gazeta do povo, Clique aqui

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